domingo, 1 de maio de 2011

[OPINIÃO] FOI SOFRIDO, MAS CORINTHIANS É O SEGUNDO FINALISTA

Reflexo da semana conturbada que antecedeu esta semifinal, com polêmicas sobre o local do jogo e a escolha da arbitragem, Palmeiras e Corinthians, entraram em campo com o lado emocional perturbado. O que se viu, principalmente na primeira etapa, foi um festival de entradas violentas, onde sobraram mãos no rosto, provocações, reclamações e expulsões.

O Palmeiras começou melhor no jogo, comandado por Valdivia que já havia levado perigo ao gol de Julio César por duas vezes. Aos 21, surge o lance que mudaria o panorama da partida, Danilo acerta um carrinho desleal em Liédson, que por sua vez entra por cima, confusão geral, e o árbitro Paulo César de Oliveira expulsa apenas o zagueiro palmeirense.

Em seguida, o Palmeiras perde Valdivia lesionado, e Felipão, expulso acertadamente por gestos inapropriados. Quem pensava que o Corinthians tiraria proveito da situação se enganou, com um homem a menos o Verdão soube ocupar bem os espaços, mantendo o primeiro tempo equilibrado até o final.

Isso só foi possível porque, quando o Palmeiras estava sem a bola, o atacante Luan recuava, empurrando o lateral Rivaldo para funcionar com um terceiro zagueiro, deixando o time bem compactado.

O Palmeiras reclamou muito durante o dérbi.
Tanto, que chegou a abrir o placar logo aos 7 minutos da etapa final, através do zagueiro Leandro Amaro, que havia entrado na vaga de Valdivia, desviando de cabeça mais um escanteio venenoso de Marcos Assunção.

Inflamado com a vantagem, o Palmeiras seguiu jogando como se tivesse com 11 jogadores, não dando espaços para o Corinthians. Então Tite resolveu agir, tirou Alessandro e, em seguida Dentinho, que estava apagado, colocou o peruano Ramirez e o atacante Willian, responsável pelo gol que deu a classificação frente ao Oeste.

O empate veio numa falha de Deola, depois de uma cobrança de escanteio, o goleiro ameaçou de sair, ficou no meio do caminho, a bola sobrou para Willian, esperto cabecear para o gol.

Mesmo assim o Palmeiras não se abateu, seguiu jogando de igual para igual, levando muito perigo nas cobranças de falta com Marcos Assunção, e com Luan, mais uma vez finalizando com defeito.

Num campeonato em que são necessários 1.710 minutos para se classificar e somente 180 para definir um finalista, é compreensível que a decisão vá logo para as penalidades.

Foram dez cobranças perfeitas na primeira série, até o chute displicente do palmeirense João Vitor, defendido por Julio César. Coube à Ramirez acertar sua cobrança, levando o Corinthians à grande final frente ao Santos.

Serão dois jogos, com a equipe santista, tendo o direito do mando de jogo no segundo e decisivo confronto.

2 comentários:

João Carlos disse...

Olá Serginho,tudo bem!!!
Mesmo com 10 jogadores o Palmeiras surprendeu, poderia até ter vencido o clássico.Quanto ao Corinthians,acredito que o garoto William vem demonstrando ser bom jogador,inteligente,com boa mobilidade,finalizando bem as jogadas,deve permanecer como titular.Julio Cesar confirmou o bom desempenho do classico anterior c/o Palmeiras,voltou a praticar defesas importantes.O problema do Julio Cesar é a reposição da bola em jogo.Umn abração,

Sérgio Dias disse...

Sim! O Palmeiras esteve melhor praticamente o jogo todo, mesmo com 10 jogadores, faltou equilíbrio emocional. Quanto ao Willian, acho que ele já faz por merecer uma oportunidade como titular, no momento está rendendo mais que o Dentinho, aliás, saiu balançando a cabeça por uns 10 minutos, numa falta de profissionalismo e respeito. O Julio César foi bem, é bom goleiro, parece ser uma ótima pessoa, excelente profissional, mas não inspira muita confiança em momentos decisivos. Vamos aguardar. Um abraço!