quinta-feira, 30 de junho de 2011

[OPINIÃO] O FUTURO DE NEYMAR

Segundo o periódico espanhol Mundo Deportivo, o Real Madrid vai enviar ao Brasil o diretor-geral José Angel Sanchéz para definir a contratação de Neymar.

Na conversa com o craque brasileiro, ele vai "sugerir" uma mudança no seu penteado.

Perceba que o poderoso clube, ainda nem formalizou uma proposta e já projeta alterações no comportamento do jogador.

Pensando na situação, também já projetei o futuro do craque no clube merengue:

Depois de acertar com o atleta, eles irão apresentar um programa personalizado para mudar o seu biotipo. Com uma alimentação balanceada, suplementos e exercícios específicos, tudo para ganhar bastante massa muscular.

Em seguida, o treinador vai pedir para Neymar ser menos individualista, e não abusar das firulas. Irreverente e com personalidade forte, o craque continuará com o mesmo comportamento dentro de campo.

Num determinado momento, o técnico, para mostrar comando, o colocará no banco de reservas, sob pretexto de ajuda-lo na sua adaptação ao futebol europeu.

Com a queda de rendimento, os dirigentes começaram a se perguntar:

- O que aconteceu com o futebol mágico do garoto?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

[OPINIÃO] O FUTEBOL MUDOU, MAS OS DITADOS...

Não resta dúvida que o futebol mudou ao longo dos anos, tanto dentro como fora das quatro linhas. Mas, os velhos ditados, continuam sendo aplicados da mesma forma.

Depois de cinco vitórias consecutivas, inclusive batendo o recorde desde que o sistema de pontos corridos foi implantado, o Tricolor Paulista foi do "céu ao inferno", após a goleada impiedosa sofrida diante do Corinthians.

Cada gol marcado pelo Timão parece ter apagado cada uma das conquistas do time neste começo de campeonato.

O treinador Carpegiani (foto), havia sido considerado gênio um domingo antes, pela "percepção" que teve ao substituir Marlos - o melhor em campo e autor do gol que dava a vitória provisória - logo no início da segunda etapa, por mais um zagueiro.

Acontece, que o Ceará havia criado duas grandes chances logo no início da segunda etapa, então, o técnco não teve dúvida, sacou o meia e colocou Bruno Uvini para reforçar a defesa. Com isso o São Paulo não tomou gols, e de quebra matou o jogo num contra-ataque.

Em compensação, foi duramente criticado no clássico deste fim de semana, por não ter mexido na equipe após a expulsão de Carlinhos Paraíba, quando o resultado ainda apontava empate. No segundo tempo, o Timão aproveitou e aplicou o placar elástico.

Resumindo Carpegiani passou de bestial à besta, em apenas sete dias.

sábado, 25 de junho de 2011

[INFO] OS MENINOS DA VILA - A HISTÓRIA

"Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar", definitivamente este ditado não se aplica ao Santos Futebol Clube. O destino trouxe no final da década de 50, um garoto de Três Corações para assombrar o mundo, a descarga deste fenômeno foi tão poderosa que, anos depois, as faíscas foram capazes de produzir três gerações encantadoras.

O resultado desta intrigante obra da natureza gerou ciclos fantásticos na história do clube, formando craques e gerações que se superam a cada fornada. Tanto é, que não sabemos até aonde pode chegar esta última safra, representada por Neymar e Ganso.

Se a primeira geração parou em conquistas do âmbito estadual, a segunda abocanhou dois Brasileiros. Esta atual, extrapolou os limites, papou praticamente tudo que encontrou pela frente - dois Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Libertadores - só não levou o Campeonato Brasileiro de 2010 por problemas internos.

O termo Meninos da Vila surgiu em 1978, através do ex-atleta e então treinador do time Chico Formiga. Ele sempre se referia aos seus jogadores, chamando-os de "meninos". Abaixo, detalhei as três fantásticas gerações, dividindo-as por partes, confiram:

1ª GERAÇÃO (1978 - 1983)


Craques principais: Pita, Juary e João Paulo.
Aonde chegou: Paulista de 1978 (campeão); Paulista de 1980 (vice) e Brasileiro de 1983 (vice)
Time-base 1978: Vítor (Flávio); Nélson, Joãozinho, Neto e Gilberto; Clodoaldo (Zé Carlos), Aílton Lira (Toninho Vieira) e Pita; Nilton Batata, Juary e João Paulo. Técnico: Formiga.
Time-base 1980: Marolla; Nélson, Joãozinho, Neto e Washington; Toninho Vieira, Rubens Feijão e Pita; Nilton Batata, Claudinho e João Paulo. Técnico: Pepe.
Time-base 1983: Marolla; Toninho Oliveira, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Gilberto; Dema, Paulo Isidoro e Pita; Camargo, Serginho e João Paulo. Técnico: Formiga.

Entre 1974 e 1977, o Santos viveu um período muito difícil na sua história. Um ano após a conquista do Paulistão de 73, o clube sofreria a perda do Rei Pelé, que se despediu no histórico jogo contra a Ponte Preta na Vila Belmiro, para seguir uma nova vida nos Estados Unidos.

A pressão para manter o nível de conquistas, e em paralelo, para o surgimento de um novo Pelé, seriam cruciais para mergulhar o clube numa crise que parecia não ter mais fim. Várias “promessas” da categoria de base eram logo comparadas ao Rei do Futebol, o jovem Cláudio Adão foi o caso mais emblemático, só foi se consagrar anos depois no futebol carioca, defendendo o Flamengo.

A situação seguiria complicada até o início de 1978. A gota d´agua viria numa derrota em pleno Pacaembu para o bom time do Operário de Campo Grande, que por sinal chegaria às semifinais daquele Brasileirão. Revoltada, a torcida santista depredou o estádio, deixando o clima no clube insustentável.

Chico Formiga assumiu a equipe, começando uma renovação gradativa. Ele manteve os experientes laterais Nélson e Gilberto, ambos vindos do São Paulo, segurou Aílton Lira e o zagueiro Neto recém chegados da Caldense, e o ponteiro Nilton Batata do Atlético Paranaense, além de acreditar nas recentes contratações dos dois desconhecidos “Joãozinhos”, o zagueiro do Vitória manteve o nome, enquanto o ponteiro esquerdo, oriundo do São Cristóvão, passou a se chamar João Paulo.

Formiga deu moral aos jogadores promovidos da base, como Juary e Rubens Feijão, pinçou o futuro craque Pita para integrar o elenco de cima, e depois durante o ano foi subindo outros garotos, como: Zé Carlos, Toninho Vieira, Cardim, Claudinho e Célio.

O time engrenou durante o Campeonato Paulista, virou a sensação da competição. Os garotos ganharam personalidade e conjunto, jogavam de igual para igual frente ao poderoso Corinthians de Sócrates, Zé Maria, Wladimir e Cia., atropelavam o São Paulo de Waldir Peres, Serginho e Zé Sérgio, e batiam os fortíssimos times de Campinas, comandados por Careca, Zenon, Renato, Dicá, Lúcio, Carlos, Oscar e etc.

A coroação veio com o título paulista de 1978, em cima do São Paulo. Dois anos depois, o Santos ficaria com o vice-campeonato, desta vez sendo derrotado pelo próprio tricolor paulista.

Com Pita e João Paulo, ao lado de jogadores consagrados, como Serginho e Paulo Isidoro, o time santista ainda chegaria à final do Brasileirão de 1983, perdendo o título para o grande Flamengo da época.


2ª GERAÇÃO (2002 - 2004)


Craques principais: Robinho, Diego e Elano.
Aonde chegou: Brasileiro de 2002 e 2004 (campeão) e Libertadores de 2003 (vice).
Time-base 2002: Fábio Costa; Maurinho, André Luis, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Alberto (Willian) e Robinho. Técnico: Leão.
Time-base 2003: Fábio Costa; Reginaldo Araújo, André Luis, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Ricardo Oliveira e Robinho. Técnico: Leão.
Time-base 2004: Mauro; Paulo César, Ávalos, Leonardo e Léo; Fabinho, Preto Casagrande, Elano e Ricardinho; Robinho (Basílio) e Deivid. Técnico: Wanderley Luxemburgo

Novamente a história se repetiria, o jejum de títulos incomodava os dirigentes e a torcida. Já se passavam dezoito anos que gol decisivo de Serginho havia dado o título do Paulistão de 84. O vice-campeonato brasileiro de 1995 comandado por Cabralzinho, tinha sido a última boa safra de garotos.

Ao invés de dar continuidade no bom trabalho, Santos e Cabral não se entendem e o contrato do treinador não é renovado. A busca incessante pelo título segue, loucuras eram feitas, elencos caros recheados de medalhões, não davam os resultados almejados.

Seis anos depois o Santos tenta reparar o erro cometido em 95. Cabralzinho retorna à Vila Belmiro dando início a um novo trabalho. Efetiva como titulares os desconhecidos Elano e Renato (atualmente no Botafogo), ambos oriundos do Guarani.

Guinda o atacante Willian da equipe de base e prepara o planejamento para 2002, tendo como prioridade profissionalizar o meia Diego e um garoto chamado Robinho, que não era aproveitado pelo técnico Sérgio Farias no sub-20. Mas novamente o contrato do treinador não é renovado.

Em abril de 2002 o Santos encerraria sua participação no torneio Rio-SP empatando com o Bangu, depois teria que enfrentar um hiato de quatro meses sem partidas oficiais. Com a falta de dinheiro em caixa e sem alternativa, o presidente na época Marcelo Teixeira começa a enxugar a folha salarial.

Quem encabeça a lista é Celso Roth, o treinador não aceita a redução de seus vencimentos pela metade. Com esse cenário é contratado o técnico Emerson Leão. Os jovens Diego e Robinho ganham personalidade, Elano que estava para ser dispensado, fica a pedido de Leão, o treinador também pede a contratação do zagueiro Alex, que estava em período de testes.

A equipe se classifica no Campeonato Brasileiro ficando com a última vaga, a partir daí, ganha maturidade e vai eliminando seus rivais até a conquista do título, derrotando o Corinthians por duas vezes. No ano seguinte, chega a final da Libertadores, mas é derrotado duas vezes pelo Boca Juniors.

Em 2004, já sem Diego, mas com Robinho e Elano fazendo a diferença, conquistam novamente o Campeonato Brasileiro, comandados por Wanderley Luxemburgo, e consagrando de vez essa geração.


3ª GERAÇÃO (2010 - 2011)


Craques principais: Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael.
Aonde chegou: Paulista de 2010 e 2011 (campeão), Copa do Brasil de 2010 e Libertadores (campeão).
Time-base 2010 (1o semestre): Felipe; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley Marquinhos e Ganso; André e Neymar. Técnico: Dorival Júnior.
Time-base 2010 (2o semestre): Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley e Ganso; Robinho, André e Neymar. Técnico: Dorival Júnior.
Time-base 2011: Rafael; Danilo (Jonathan), Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Elano, Arouca e Ganso; Zé Eduardo e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

O ano de 2009 termina de forma melancólica. Alijado de qualquer ambição no Campeonato Brasileiro, o técnico Luxemburgo teima em não colocar em campo a boa safra de garotos que surgia. Segundo o técnico, Paulo Henrique Ganso e Neymar, não estavam prontos para jogar, enquanto isso, o atacante André era preterido por Kléber Pereira, que mesmo em péssima fase era mantido.

No início de 2010 acontece um fato marcante, depois de muitos anos no poder, o presidente Marcelo Teixeira é derrotado pela oposição.

De novo a política "pés no chão" entra em vigor, agora sob nova direção. Para o lugar do caro Luxemburgo, é contratado o emergente Dorival Junior, que vinha conquistando títulos estaduais por onde passava. Nem Dorival, nem os dirigentes poderiam imaginar o que viria pela frente.

O elenco começa a ser montado, a ideia era fazer um bom Paulistão e ficar numa posição intermediária no Brasileiro. Edu Dracena que chegara contundido, trazido pelo antigo treinador, é mantido sob desconfiança, o volante Arouca do São Paulo, chega numa troca polêmica com Rodrigo Souto, pois muitos achavam que o Santos havia feito um péssimo negócio e, Neymar e Ganso são efetivados como titulares absolutos.

Na sequência do Paulistão o time engrena, e começa a aplicar sonoras goleadas, igualando-se em média ao time de Pelé da década de 60. O Santos conquista o estadual e faz uma contratação ousada para a Copa do Brasil, traz Robinho como pretexto de recuperá-lo para o Mundial de Seleções.

A estratégia dá certo, o time conquista a competição nacional que prevê retorno garantido para a Libertadores do ano seguinte. Quando tudo parecia perfeito, problemas de relacionamento entre Neymar e Dorival, culminam com a queda do treinador. Em seguida o time perde Ganso, contundido, e não conquista o Campeonato Brasileiro.

O ano de 2011, começa com a expectativa voltada para a Taça Libertadores da América. O treinador escolhido Adilson Batista é demitido, o auxiliar Marcelo Martelotte assume interinamente. Bem no Paulistão e em situação desconfortável na Libertadores, o Santos anuncia a contratação de Muricy Ramalho, que havia dispensado o Fluminense.

Novamente a estratégia surte efeitos positivos, o time conquista outro Paulistão e a tão sonhada Libertadores da América, consagrando esta geração como a maior, depois da Era-Pelé.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

[OPINIÃO] VITÓRIA DO FUTEBOL

Neymar abriu o caminho do Tri.
Para o bem do futebol, o título de melhor equipe sul-americana ficou com o Santos Futebol Clube.

Seria sem dúvida alguma, um grande desserviço uma equipe formada por jogadores desleais e de qualidade técnica baixa, ficarem com esta taça de tanta importância.

Oo Santos teve que enfrentar a violência, sempre amparada com a conivência do árbitro, complacente frente a agressões dos uruguaios, e ao mesmo tempo, benevolente à disputas duras dos santistas visando a bola.

Hoje, o Santos realmente mostrou a superioridade que todos sabiam, jogou com inteligência contra um adversário que só mostrou disposição e valentia, quando ouviu o apito final do árbitro.

Parabéns à esta geração de Meninos da Vila, que hoje fez história, se consagrando, calcada em números absolutos e qualidade técnica, como a melhor das três surgidas depois da Era-Pelé.

O futebol mais uma vez agradece pela justiça ter sido confirmada.

terça-feira, 21 de junho de 2011

[MEMÓRIA] SANTOS 5 x 4 PEÑAROL (LIBERTADORES 1965)

Com Ganso liberado pelo DM, Muricy terá que tirar um jogador da equipe. Elano vinha sendo o encarregado, mas, pela sua experiência e por ser titular indiscutível - mesmo em má fase - voltará para sua posição de origem.

As opções passam a ser: Pará, Adriano ou Zé Eduardo. Pelo que vem apresentando, Adriano - no momento - se tornou intocável, tal a sua entrega e disposição na marcação. Outra possibilidade, seria a saída de Zé Eduardo, mas isto mudaria muito o modo da equipe jogar, ainda mais com a necessidade de atacar.

O mais acertado, e Muricy já acenou com esta hipótese, é o deslocamento de Danilo para a lateral direita, fazendo uma dobradinha no setor com Elano. Com isso, o time perde um pouco de voluntariedade no meio campo, mas ganha força pelo lado direito. Uma nova solução, seria colocar Ganso no intervalo, o que acho um desperdício.

Seja como for, o Santos têm totais condições de vencer o Peñarol. Desde que mantenha o equilíbrio emocional, tenha paciência para furar o bloqueio e tome bastante cuidado com as bolas aéreas.

Para inspirar os torcedores na véspera da decisão, separei um vídeo com imagens raras de uma grande vitória santista sobre o tradicional adversário uruguaio. Este jogão também foi realizado no Pacaembu, só que em 1965, numa partida válida pelas semifinais da Libertadores daquele ano.

O confronto terminou com vitória do Santos por 5 a 4. Além de muitos gols, um detalhe em especial chamou a atenção: Pelé desperdiçou uma penalidade cometida em cima de Pepe. O goleiro Maidana, que no ano seguinte defenderia o Palmeiras, defendeu a cobrança. Foi o quinto pênalti perdido por Pelé.

Além do goleiro, o Peñarol exportaria o meia Héctor Silva, também para o Palmeiras, cinco anos depois. Enquanto, Pedro Rocha e Pablo Forlán, jogariam mais tarde pelo São Paulo.


SANTOS 5 x 4 PEÑAROL

Data: 25/03/1965
Competição: Copa Libertadores - Semifinal - Jogo de ida
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Renda: Cr$ 36.591.500,00
Público: 50.000
Árbitro: Luis Ventre (Argentina)
Gols: Pelé (02-1), Pepe (05-1), Dorval (07-1), Pedro Rocha (19-1), Dorval (24-1), Silva (25-1) e Coutinho (38-1); Silva (30-2) e Silva (37-2).

SANTOS: Gilmar; Ismael, Olavo, Joel e Geraldino; Zito e Mengálvio; Dorval, Coutinho (Toninho, 39-1), Pelé e Pepe. Técnico: Lula
PEÑAROL: Maidana, Caetano, Maciel (Pérez, 28-1), Varela e Forlán; Gonçalvez e Pedro Rocha; Ledesma, Héctor Silva, Sasía e Joya.  Técnico: Máspoli

[OPINIÃO] DOMINGO DA CARIDADE

Neste domingo, durante a rodada do Campeonato Brasileiro, Rivaldo e Marcos, dois pentacampeões mundiais, foram - mesmo que de forma indireta - "homenageados", um pelo treinador e o outro por companheiros e torcedores.

A cena mais constrangedora com certeza foi a de Rivaldo. Carpegiani esperou a partida estar liquidada em favor do Tricolor, para colocar o craque aos 40 minutos do segundo tempo. É o tipo de situação que deveria ser evitada, em respeito a trajetória do veterano jogador.

No Canindé, a "admiração" foi mais light. O Verdão goleava com tranquilidade o lanterna Avaí por 4-0, quando o árbitro assinalou um pênalti em favor do Palmeiras. A torcida e os próprios companheiros pediram para Marcos bater. Visivelmente surpreso, ele hesitou, sendo logo proibído por Felipão.

Uma das histórias contadas por Pepe em seu livro "Bombas de Alegria", exemplifica bem as situações citadas acima. Durante uma excursão daquele fabuloso Santos dos anos 60 ao México, o técnico Lula colocou em campo o já consagrado Tite, faltando cinco minutos para o término. Em final de carreira, seus companheiros torciam para o amigo, quem sabe, fazer ainda um contrato na terra da tequila.

Então, Pelé arrancou do meio de campo driblando a todos, inclusive o goleiro, com o gol aberto, o Rei "preferiu" passar para Tite, que acompanhava o lance. Surpreendentemente, Tite deu um bico na bola para fora do estádio:

- Gol de esmola eu não quero! - disse bravo.

... e o que Rivaldo e Marcos deveriam ter feito ontem.

domingo, 19 de junho de 2011

5 x 3 = 15, CERTO PROFESSOR!

Professor Carpa acertou e Tricolor é líder.
Encerrada a quinta rodada do Campeonato Brasileiro, o Trio de Ferro, composto pelos três principais clubes da capital paulista, seguem liderando a competição.

O São Paulo alcançou sua quinta vitória consecutiva, fato inédito desde 2003, ano em que o sistema de pontos corridos foi implantado.

Na tarde de hoje jogando no calor de Fortaleza, o Tricolor paulista começou o jogo sendo encurralado pelo Ceará. O "Vovozão", como é carinhosamente chamado, desperdiçou um pênalti enquanto pressionava. O castigo veio logo depois, com Marlos em jogada individual abriu placar.

Na segunda etapa, logo aos 5 minutos, o técnico Carpegiani fez uma alteração no mínimo inusitada, ele sacou Marlos e colocou um terceiro zagueiro, depois que o time cearense criou duas jogadas de perigo. A mudança deu certo, após mais um contra-ataque, Lucas faria o gol que consolidaria a vitória e os 15 pontos na tabela. Se o time perdesse, com certeza o treinador seria chamado mais uma vez de Professor Pardal.

Outra figura polêmica se deu bem na rodada. Depois de uma semana turbulenta, o Palmeiras de Felipão, não tomou conhecimento do Avaí, que estreava Alexandre Gallo no comando técnico. O contestado Luan foi o destaque com dois gols e uma assistência, além disso passou a liderar a tábua de artilheiros do campeonato com 4 gols.

Na parte debaixo da tabela, o Cruzeiro segue sem vencer. Este é o pior início dos últimos 17 anos, em consequência disso, Cuca não resistiu. Depois de ter deixado o cargo à disposição no jogo anterior, foi demitido após o empate no clássico regional frente o América. Para o seu lugar foi contratado Joel Santana.

Outro que deve seguir o mesmo caminho é Adilson Batista. O treinador do Atlético Paranaense passa por um momento delicado na carreira, desde que deixou o Cruzeiro em junho de 2010, não consegue passar mais do que três meses no comando de um clube. Hoje, seu time foi derrotado hoje pelo Figueirense, e está na lanterna com apenas um ponto.

A próxima rodada começa no próximo sábado, mas o principal destaque será no domingo, quando se enfrentam Corinthians e São Paulo no Pacaembu.

sábado, 18 de junho de 2011

[OPINIÃO] DISPUTA DESIGUAL

A cada ano que passa o Campeonato Brasileiro se torna mais enfadonho.

O clube que conquista a Copa do Brasil perde o interesse pela longa competição da CBF.

Esta, prejudica quem têm bons jogadores, convocando-os para suas seleções, enfraquecendo assim, as equipes mais fortes.

Caso o time que perdeu seus craques, tenha conquistado a Libertadores, se pudesse pediria afastamento.

No início vemos um festival de mistões, na abertura da janela, um desmanche, e no final novos mistões, estes para prejudicar rivais. O que era para ser justo, como é o maior objetivo desta fórmula de disputa, vai por água abaixo.

Nesta rodada, a afável entidade organizadora do campeonato transferiu o clássico entre Santos e Corinthians para outra data, propiciando um merecido descanso ao time de Vila Belmiro, que faz a final da Libertadores na quarta-feira.

O jogo será realizado no dia 10 de agosto, mesma data do amistoso entre Brasil e Alemanha, onde pelo menos três atletas santistas estarão em ação. Pode?

Considero o campeonato de pontos corridos, ida e volta, o mais justo, desde que, todos os clubes estejam focados num mesmo objetivo, e em igualdade de condições durante às desgastantes 38 rodadas.

Caso contrário, teremos que presenciar vários jogos mornos, desprovidos de qualquer interesse, do público, dos jogadores e dos dirigentes.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

[OPINIÃO] DESEQUILÍBRIO FORÇADO

As circustâncias levaram o Santos a pender para o lado defensivo, pelo menos neste momento.

Os santistas imaginavam, que a vinda de Muricy trouxesse o equilíbrio tão esperado entre defesa e ataque, principal deficiência demonstrada pela equipe antes de sua chegada.

A culpa está longe se ser do treinador, pois este foi o elenco que formaram no início do ano e lhe entragaram. Claro, que Muricy gostaria de estar contando com Ganso e Borges, além do lateral Jonathan.

Para a vaga de Ganso - o grande problema - Muricy tem a disposição os jovens Alan Patrick e Felipe Anderson. O primeiro, quando poderia ser efetivado se contundiu, daí o time se acertou, mesmo preso, conseguiu os resultados necessários, no limite, é verdade!

A solução encontrada foi atuar com quatro jogadores que possuem como primeira característica marcar, deixando a desejar na hora de criar. Com isso, a magia, a velocidade, as deslocações e a profundidade, foram embora.

O time hoje, lembra muito a Seleção de 94, que tinha um forte sistema defensivo, te proporcionava assistir ao jogo confortavelmente na poltrona, pois sua defesa era quase intransponível. A diferença estava na frente, onde Romário e Bebeto resolviam todos os problemas. Hoje, somente Neymar reúne tal poder.

Mesmo assim, o Santos têm um time muito superior técnicamente ao do Peñarol, capaz de se tornar campeão da América na próxima quarta-feira.

Ontem, lendo a coluna do Lédio Carmona no globoesporte.com, um comentário do leitor que se definiu apenas como Gustavo, me chamou a atenção. Ele resumiu em poucas palavras o atual momento do time de Muricy:

"O time do Santos no primeiro semestre do ano passado, era sob medida para os amantes do futebol. Este de hoje, é somente para os que amam o Santos".

quinta-feira, 16 de junho de 2011

[OPINIÃO] FOI BOM!

Zé Love desperdiçou duas ótimas oportunidades.
Com certeza, esta será a principal frase que os torcedores alvinegros irão dizer nos quatro cantos do país, no dia de hoje.

Analisando somente o resultado e a qualidade técnica da equipe adversária, é claro que podemos afirmar ter sido bom o empate conseguindo ontem na capital uruguaia.

Apesar de não conseguirem criar oportunidades através de jogadas trabalhadas, Santos e Peñarol, tiveram boas situações de gol.

Chutões pegando a defesa saindo ou bolas desviadas, poderiam ter decidido o jogo. Dario Rodriguez no final do primeiro tempo para o Peñarol, e Zé Eduardo no início da etapa final para o Santos, desperdiçaram as maiores chances.

Para o jogo decisivo no Pacaembu, o Santos vai precisar sair em busca de um gol, receberá um Peñarol bem maosfechado, especialista neste quesito, e aí pode estar o problema. Este meio campo que vem jogando, já comprovou que encontra muita dificuldade em propiciar boas situações para se chegar a rede adversária.

Existe a possibilidade de Ganso atuar, mesmo sem estar 100% fisicamente, ele pode ajudar bastante nesse sentido. O meia será útil para o time ter mais posse de bola, e esperar a hora certa de deixar um atacante de frente para o gol.

Caso não possa jogar, o Santos continuará dependendo da individualidade de Neymar, ou de um lance esporádico para fazer ao menos um gol, agora necessário para evitar prorrogação e penalidades.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

[MEMÓRIA] PEÑAROL 1 x 2 SANTOS (LIBERTADORES 1962)

Enquanto não começa a decisão da Libertadores, vamos voltar no tempo, mas precisamente no dia 28 de julho de 1962.

Nesta ocasião, Santos Futebol Clube e Club Atlético Peñarol, também faziam a primeira partida de decisão sul-americana.

A Taça Libertadores daquele ano contava com nove participantes na fase de grupos, o Peñarol por ter sido campeão em 1962, entrava direto nas semifinais. Para chegar na decisão, o Santos foi líder do Grupo 1, com três vitórias e um empate, depois passou pelo Universidad Católica do Chile, empatando fora de casa e vencendo na Vila Belmiro.

Já o Peñarol teve que bater o seu grande rival doméstico, o Nacional. Foram três partidas, uma vitória para cada lado e um empate no terceiro confronto. O time carbonero se classificou, pois marcou um tento à mais que o adversário.

Credenciados por estas campanhas, as duas equipes se enfrentariam no mesmo estádio da partida de hoje, o tradicional e histórico Estádio Centenário. Também como no dia de hoje, o Santos entrava em campo desfalcado. Se Jonathan, Edu Dracena, Léo e Ganso sequer viajaram, o Peixe naquele dia jogaria simplesmente sem Pelé.

O Peñarol também tinha um grande time. Era comandado pelo famoso Bella Guttman, começava com o grande goleiro Maidana, o meio campo contava com Pedro Rocha, que depois faria história no São Paulo, e na frente dois equatorianos enormes, Spencer e Joya.

Aos 18 minutos da primeira etapa, Spencer abriria o placar para os donos da casa, mas Coutinho viraria a partida em favor dos santistas, perante aproximadamente 50 mil espectadores.

Com este importante triunfo o Santos voltava ao Brasil, sabendo que havia dado um grande passo para o seu primeiro título da Libertadores.

Daqui a pouco, teremos em campo novamente, Santos, duas vezes campeão e, Peñarol, cinco títulos, frente a frente, escrevendo mais um capítulo de suas gloriosas histórias.

FICHA TÉCNICA

Peñarol 1 x 2 Santos

Data: 28/07/1962
Local: Estádio Centenário em Montevidéu
Árbitro: Carlos Robles (Chile)
Renda: Cr$ 29.500.015,00
Público: 50.085
Gols: Spencer aos 18’ p/ o Peñarol, e Coutinho aos 27’ e aos 60’ p/ o Santos.

Santos: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Calvet e Zito; Dorval, Mengálvio, Pagão, Coutinho e Pepe (Oswaldo). Técnico: Lula
Peñarol: Maidana; Lezcano, Cano e E. González; Caetano e Cabrera (Moacir); Matosas, Pedro Rocha, Sasia, Spencer e Joya. Técnico: Bella Guttman

segunda-feira, 13 de junho de 2011

[OPINIÃO] QUE PENA BORGES!

Há cada jogo que passa a diretoria santista deve se arrepender mais, pelo fato de não ter trazido antes para Vila Belmiro o atacante Borges .

Foi compreensível a espera pela recuperação de Keirrison, mas, ao mesmo tempo questionável, pois ele no final da temporada passada, já dava mostras, que dificilmente voltaria ser aquele jogador que encantou o país atuando pelo Coritiba.

A solução foi efetivar Zé Eduardo no comando do ataque, mesmo com o próprio mostrando ser muito mais útil atuando pelos lados do campo. Ninguém percebeu no início do ano, que seria importante ter no elenco um outro atacante de área pra a disputa de um torneio tão importante. Nem a diretoria, nem o técnico Adilson Batista.

No sábado, Borges (foto) pouco tocou na bola, mas foi letal no último lance do jogo. Desviou com raro oportunismo um cruzamento da esquerda, decretando o empate santista.

Ele, é o tipo de jogador que entra em campo para fazer gols, está ligado o tempo todo, sempre em busca do momento mais importante do futebol. Apesar de combater os adversários, não faz questão de mostrar isso à torcida, nem ao treinador. Seu cartão de visitas, é o gol!

A verdade é que, com Borges em campo nas finais da Libertadores, a tarefa de Muricy em levar o Santos ao título sul-americano, seria, com certeza, menos árdua. Uma pena!

domingo, 12 de junho de 2011

[OPINIÃO] LÍDERES DE FERRO

Tricolor de Casemiro, Wellington e Lucas é lider isolado.
Terminada a quarta rodada do Campeonato Brasileiro, três times da capital paulista ocupam as primeiras posições.

Já o time do litoral - com o pensamento na  final da Libertadores - está na 13a colocação.

No sábado, o São Paulo mostrou um futebol convincente ao bater o "medroso" Grêmio de Porto Alegre.

Carpegiani mudou na última hora a formação do seu meio campo, sacou Carlinhos Paraíba - um dos quatro volantes - e colocou o meia Marlos. Parece que a "ousadia" surtiu efeito, o tricolor do Morumbi, em boa parte do jogo exibiu um grande futebol.

O Corinthians, vice líder, precisou de apenas um tempo para vencer o Fluminense, que estreava Abel Braga no comando da equipe. Willian, atacante revelado pelo Guarani, foi o destaque do jogo marcando os gols da partida. Quando Adriano voltar e Emerson Sheik estiver 100% física e tecnicamente, Tite terá uma boa dor de cabeça para montar o seu ataque.

Já o Palmeiras poderia ter voltado do Sul com uma vitória. Sofreu o gol de empate aos 45 minutos da segunda etapa. Os destaques foram os gols marcados pelos atletas palmeirenses. Primeiro, Márcio Araújo batendo colocado de pé esquerdo no ângulo de seu companheiro Marcos, golaço contra! Depois, a favor, Luan entrou pela esquerda e bateu cruzado, em baixo de Renan.

Ainda no sábado, o Santos - com sua equipe reserva - conseguiu um excelente resultado em Sete Lagoas. Foi dominado desde os primeiros minutos pelo Cruzeiro, perdeu o zagueiro Vinícius expulso corretamente na segunda etapa, e mesmo assim trouxe um ponto. Graças ao artilheiro Borges, novamente o atacante mostrou que é do ramo, com raro oportunismo, desviou um cruzamento pro fundo do gol de Fábio no final da partida.

sábado, 11 de junho de 2011

[OPINIÃO] OS OPOSTOS DE MURICY E CARPEGIANI

O técnico Muricy Ramalho desde que assumiu o Santos, num momento complicado dentro da Libertadores, vem conseguindo grandes resultados, prova é, que sua equipe está na final da competição sul-americana.

Até bem pouco tempo, seu companheiro de profissão, Paulo César Carpegiani, vivia uma situação oposta, desclassificado do Paulista e da Copa do Brasil, ficou pendurado por um fio, foi mantido no cargo - talvez por motivos financeiros - e agora lidera o Campeonato Brasileiro.

Muricy perdeu Ganso, ficou temeroso em efetivar Alan Patrick na posição, acabou optando por um meio campo formado basicamente de volantes, inclusive em jogos  dentro de casa. O time sofreu, mas, por enquanto, alcançou seu objetivo.

Hoje pela competição nacional, o treinador escalou a equipe (reserva) num 4-3-3, visando o jogo frente ao Cruzeiro em Sete Lagoas. Neste caso, acho temeroso, naquele estádio, a equipe mineira exerce uma pressão forte sobre os adversários, talvez fosse melhor enfrentá-los usando mais cautela.

Outra coisa que me preocupa, é a utilização de Bruno Aguiar na lateral direita. Não vejo nenhuma caraterística, nem biotipo, que o levem a atuar nesta posição. Pelo Paulistão deste ano, Adilson Batista também utilizou o jogador na lateral, e foi um desastre.

Pelo lado do São Paulo, o time de Carpegiani recebe o Grêmio no Morumbi, defendendo a liderança (três jogos e três vitórias). Mesmo em casa, o treinador vai manter os quatro volantes de contenção. No momento não há o que contestar, pois os resultados estão à seu favor.

Não acho que isso justifique, com receio, praticamente todos os treinadores estão utilizando este recurso. Por exemplo, o Grêmio vem à São Paulo, jogando com apenas um atacante. Alguém tem que vencer o jogo, aí, conquistando uma vitória, se escondem atrás de suas táticas defensivas.

Em tempo, apesar do atacante Dagoberto ser um dos principais jogadores são-paulinos no momento, e a diretoria querer renovar seu contrato, acho que está na hora dele deixar o Morumbi.

Dogoberto não vai mais crescer no tricolor, precisa respirar novos ares. Será muito útil numa outra grande equipe brasileira, mesmo porquê, no São Paulo, Lucas e Luis Fabiano serão os titulares no ataque em breve. Além disso, Carpegiani conta com ótimas opções, como: Fernandinho, e os jovens Henrique e Willian José.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

[CAUSO] PÉROLA DA SEMANA

Frase da semana:

"Não adianta gastar vela com defunto morto!!!"

De causar inveja a Vicente Matheus, não!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

{OPINIÃO] NO ALTO DA COLINA

Foto: André Durão/Globoesporte.com
Depois de um início de temporada vergonhoso, o Vasco deu a volta por cima ainda no primeiro semestre.

Chegou na final da Taça Rio e ontem, e com todos os méritos, conquistou a importante Copa do Brasil, garantindo assim o direito de retornar à Libertadores em 2012.

Foram mais de oito longos anos sem títulos, o time cruzmaltino seguia a passos largos para se tornar - com todo respeito - uma espécie de Portuguesa de Desportos do Rio de Janeiro.

A longa permanência de Eurico Miranda no poder e as suas desavenças com orgãos e pessoas influentes, coincidentemente afastou o clube das grandes conquistas, fez também torná-lo antipático para os amantes do futebol.

Sempre gostei de acompanhar o Vasco, a camisa mística, com a faixa transversal me atraíam quando garoto. Adorava ver nos anos 80 a combinação com os meiões de listas horizontais, vestidos por Roberto Dinamite, Dirceu, Dé, Leão, Abel, , os laterais santistas Orlando Lelé e Marco Antonio, Dudu, Mazzaropi, Zanata, Guina e ainda pelo veloz e irreverente Romário em seu início arrasador.

Ontem, a equipe conseguiu se superar, fez os gols importantíssimos fora de casa, e aguentou a pressão do Coritiba, que imprensou o time carioca no seu campo de defesa. Foi um jogo digno de final de campeonato. O Vasco saiu na frente, sofreu a virada ainda na primeira etapa, chegou ao empate aos 12 minutos do segundo tempo, pouco depois tomou o terceiro e teve que aguentar o bombardeio paranaense.

Méritos para os jogadores e para a diretoria, que mudou a filosofia de arriscar em contratações duvidosas, sempre buscando jogadores obscuros. Surpreendentemente passou a buscar jogadores que interessavam a outros grandes, como Alecsandro, Diego Souza e Eduardo Costa, revelado pelo Grêmio. Manteve a revelação do Brasileirão passado, o zagueiro Dedé, segurou o bom Éder Luis, além de mesclar com garotos da base.

Meus parabéns ao novo Vasco da Gama, legítimo campeão da Copa do Brasil de 2011!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

[OPINIÃO] JÁ NA CORDA BAMBA

Foto: Cezar Loureiro/Globo
Mano Menezes (foto) nunca foi o nome preferido da CBF, visto a maneira que se concretizou sua contratação. Dias antes, Muricy Ramalho - na época no no Fluminense - alegou motivos éticos para justificar sua recusa.

Para mim, o  motivo foi outro, quem conhece a conduta do treinador santista, sabe que ele jamais permitiria interferências e imposições no seu trabalho.

Assim sendo, Mano iniciou sua caminhada mostrando que faria uma renovação completa e absoluta da herança pós-Dunga. Os resultados contra adversários tradicionais não vieram, então, o treinador chamou alguns remanescentes experientes da seleção anterior, para formar sua espinha dorsal e consequentemente dar-lhe mais tranquilidade nos jogos seguintes.

Só que os resultados, o padrão de jogo e o bom futebol, não apareceram. Mano já deve se sentir pressionado, e sabe que a Copa América pode ser determinante para o seu futuro.

No que tange a convocação anunciada ontem, como sempre acontece, é claro que sempre teremos restrições à fazer. Cada um gostaria de ver determinado jogador na lista. De um modo geral, achei que os nomes realmente são esses, mas, como uma pessoa normal, também tenho um questionamento.

Não concordo com a ausência do volante Arouca. Hoje, ele é o melhor cabeça de área, volante, jogador de contenção - como queiram chamar - do futebol brasileiro. Arouca têm todas as características que a posição exige atualmente, ele marca como poucos e sabe sair para o jogo como ninguém.

Arouca é primordial para um time funcionar. Com a bola, ele se apresenta para receber dos zagueiros, sai em progressão como um elemento surpresa iniciando a jogada ofensiva, chega sempre sem marcação desmontando o sistema adversário. Sem a bola, é um carrapato, além de possuir um senso de cobertura fantástico.

Mas, como se percebeu no amistoso em Goiânia, quando o bom volante Sandro se desgarrava da proteção para chegar dando opção por trás, era repreendido veemente por Mano. Pode ser um indício da não convocação do jogador santista.

Vamos aguardar os resultados da Copa América, Mano sabe que no final pode ouvir de Ricardo Teixeira o desagradável nome de um músico francês: MANU CHAO!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

[OPINIÃO] O ADEUS DE UM FENÔMENO

O último treino de Ronaldo (foto: Marcos Ribolli)
O Pacaembu novamente será palco da despedida de um craque do futebol brasileiro e mundial.

Foi nele, que Romário deu adeus à Seleção Brasileira em 1995, num amistoso contra a Guatemala, agora é a vez de Ronaldo.

Revelado pelo São Cristovão, Ronaldo despontou para o futebol atuando no Cruzeiro, onde já na sua segunda temporada como profissional, aos 18 anos, foi convocado para disputar a  Copa do Mundo de 1994.

Logo após, mesmo sem ter atuado um minuto sequer, seguiu para a Europa. Lá, se tornou o melhor do mundo por três vezes, ganhou tudo que se possa imaginar. Foram 14 anos de muitos títulos e algumas tristezas.

Ganhou também muita massa muscular, bem acima do que sua estrutura franzina permitia. Quem mais sentiu foram os ligamentos de seus joelhos, estes problemas físicos o afastaram por muito tempo dos gramados.

Foi submetido a inúmeras cirurgias, tomou vários medicamentos, que podem ter descontrolado seu metabolismo. Começou a ganhar peso gradativamente, voltou ao Brasil, e a alegria estampada no seu rosto, quando do início da carreira, foi se transformando na mesma proporção em dor e sofrimento.

Amanhã, Ronaldo vai atuar durante 15 minutos da partida amistosa do Brasil frente a Romênia. A homenagem foi uma iniciativa da CBF, onde o mandatário-mor do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira, fez questão de dizer na entrevista coletiva dada nesta segunda-feira, dentre outros adjetivos, que Ronaldo foi o maior jogador que atuou com a camisa amarela durante toda sua gestão.

Pode até ter sido, mas claramente foi uma cutucada no baixinho Romário, que esteve no hotel da Seleção - como deputado - convidando o presidente da CBF à esclarecer denúncias feitas contra ele, sobre a organização da Copa do Mundo no Brasil.

Política a parte, Ronaldo e Romário foram sem dúvida os dois maiores jogadores brasileiros dos últimos vinte anos. Ambos mereciam muito mais do que uma despedida contra adversários como Guatemala e Romênia, pelos serviços prestados à CBF.

Como Pelé e Garrincha, atuando juntos, jamais perderam uma partida pela Seleção, pena que não tiveram oportunidade de estarem lado a lado numa Copa.

Amanhã veremos o adeus de um fenômeno e a permanência de um ditador.

domingo, 5 de junho de 2011

[INFO] UM TIME TÁTICO E TÉCNICO

Cuca ainda não conquistou o Brasileirão.
Paulo César; Jorginho, Luis Felipe, Adilson e Vanderlei; Junior, Falcão, Silas e Muricy; Renato e Cuca.

O que a escalação deste time fictício tem em comum?

Atualmente todos são treinadores e dirigem equipes que participam do Campeonato Brasileiro deste ano.

Também fazem parte deste "elenco": Abel, que está chegando para dirigir o Fluminense, Ricardo Gomes, Tite, Paulo César Carpegiani, Marcelo (ex-meia do Atlético Mineiro), Vágner Mancini, Mauro Fernandes (ex-ABC e Auto Esporte) e Caio Júnior.

A minoria continua usando o nome que eram conhecidos dentro das quatro linhas. Mas grande parte deles acrescentou o sobrenome com a finalidade de passar mais respeito para seus comandados, para a diretoria e para imprensa de um modo geral.

Paulo César - ex-goleiro do Vasco na década de 80 - agora é PC Gusmão. Vanderlei, lateral esquerdo que defendeu o Flamengo e Internacional, assim que iniciou a nova carreira adicionou o sobrenome e mudou algumas letras, virando Wanderley Luxemburgo. Já o ex-volante Junior, sobrinho de Dudu - que fez parte da inesquecível Academia palmeirense - revelado pela Ferroviária de Araraquara, depois defendeu Palmeiras e Grêmio, virou Dorival Junior.

Deste grupo apenas dois conseguiram a façanha de conquistarem o Campeonato Brasileiro como jogador e como treinador, são eles: Muricy Ramalho e Paulo César Carpegiani.

Como atleta Muricy foi campeão pelo São Paulo em 1977, depois como comandante, pelo próprio Tricolor vieram os títulos de 2006, 2007 e 2008, pelo Fluminense conquistou em 2010. Carpegiani teve um período áureo entre 75 e 82 pelo Internacional.Ccomo atleta ganhou os brasileiros de 1975 e 1976. Em 1980, ainda jogando, chegou ao terceiro título com o Flamengo e em 1982 foi campeão dirigindo os cariocas.

Dos técnicos considerados "de ponta", somente Abel Braga e Cuca não ganharam nenhum Brasileirão, como atletas ou, como comandantes.

Em termos de seleção brasileira apenas seis defenderam o escrete canarinho em Copas do Mundo, seja como técnico ou como atleta. São eles: Luis Felipe Scolari (2002), Jorginho (1990-1994), Falcão (1982), Ricardo Gomes (1990), Renato Gaúcho (1986) e Silas (1986-1990). Somente Jorginho e Felipão foram campeões do mundo. Jorginho como lateral no tetracampeonato e Felipão como técnico do penta.

Uma curiosidade, Felipão foi o único a levantar a taça sem jamais ter atuado como jogador num grande time do futebol brasileiro.

sábado, 4 de junho de 2011

[OPINIÃO] REFÉM DE GANSO

Fred (com a bola) não era convocado desde 2007.
Hoje pela manhã, observando as manchetes dos jornais, fiquei contente ao saber que Mano Menezes escalou um trio de atacantes para o amistoso frente a Holanda. Ainda mais, com Fred e Robinho ao lado de Neymar.

Corri para a internet afim de saber mais detalhes e ver a escalação completa. Confesso, que o entusiasmo de dissipou ao ler a composição do meio campo com Lucas Leiva, Ramires e Elano.

Como você pode perceber, sem nenhum meia na armação, o que dá a entender, que Robinho fará uma dupla função.

Entendo que a convocação de Elano, é típica de quem não está acompanhando os jogadores de perto, bastaria um telefonema à Muricy, que a situação se resolveria:

- Como está o Elano?

- Olha Mano, como você sabe estamos numa maratona complicada, e o Elano está esgotado e em final de temporada. Precisa de um descanso! - diria o treinador santista.

Não há necessidade nenhuma de testar - neste momento - o Elano na seleção. Qualquer pessoa que acompanha o futebol, está cansado de saber como ele se porta com a camisa amarela. Inclusive, seria uma boa hora para testar um jogador que possa fazer a armação do time, caso Ganso não reúna condições de atuar na Copa América.

É compreensível times improvisarem atletas nesta função escassa e primordial no futebol, como no caso do Santos por exemplo, ao perder Paulo Henrique Ganso. Mas, numa seleção é inaceitável! Você têm uma dezena de bons valores à sua disposição para serem observados, e improvisa um jogador que comprovadamente - pela sua característica - não consegue executá-la, é no mínimo grotesco.

Claro, que mesmo assim este time tem condições de vencer a Holanda, será atraente ver novamente Neymar e Robinho atuando juntos, tendo um jogador experiente e inteligente como Fred, para compreender as jogadas geniais destes dois craques.

Vamos aguardar!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

[OPINIÃO] FOI MELHOR?

O Peñarol se classificou ontem na Argentina.
Por motivos óbvios, Muricy e os jogadores jamais iriam expor a preferência de qual adversário gostariam de enfrentar na final da Libertadores: Vélez ou Peñarol.

No íntimo de cada um deve existir um consenso, indicando o time uruguaio como o preferido para duelar.

O Vélez têm bons valores individuais do meio para frente, o armador Zapata, e os perigosos atacantes Martinez e Santiago Silva. Porém, conta com uma defesa insegura.

Já o Peñarol, tem um sistema defensivo melhor, não joga com três zagueiros, e sim com quatro, como se fossem estacas impedindo a entrada da sua área. Acredito que jogando em casa, pelo menos um destes pilares saiam um pouco, talvez o que atue do lado contrário ao de Neymar. O meio campo joga parecido com este atual do Santos, dando muita proteção, e na frente, o canhoto Martinuccio se movimenta bastante, enquanto o avante Oliveira, com pouca mobilidade, fica centralizado.

Apesar da tradição, também acho preferível enfrentar o Peñarol, desde que o Santos mude a postura de seu meio campo. Caso Ganso possa atuar, mesmo sem ritmo, o problema está praticamente resolvido. O grande problema santista está sendo a posse de bola, coisa que estes jogadores que vem jogando - pelas suas características - jamais irão realizar.

Sem a bola, há um sobrecarregamento da defesa, e os contra-ataques, essenciais nesta decisão, só acontecem na base do chutão. No caso do adversário, que oferece muito pouco esta opção - por estar sempre postada - a situação pode complicar.

Mas, sem dúvida, não enfrentar um time argentino, já é um grande benefício.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

[OPINIÃO] SANTOS NA FINAL ESPERA POR PEÑAROL OU VÉLEZ

O Santos se credenciou agora há pouco à disputar sua quarta final de Libertadores.

Para variar - como já se tornou praxe nesta competição - o time sofreu bastante durante o jogo, apesar da larga vantagem ampliada em 28 minutos de confronto.

Praticamente tudo que estava previsto aconteceu: pressão do Cerro através de jogadas aéreas, o time santista recuado aguardando o contra-ataque, o goleiro Rafael fazendo defesas difíceis, Neymar levando perigo, e Jonathan saindo contundido.

Mas duas coisas fugiram da previsilidade: um gol de Zé Love logo no início do jogo, e uma falha bisonha da defesa adversária. Melhor para o Santos, a imensa vantagem lhe dava totais condições para jogar com tranquilidade.

Não foi o que aconteceu. Dentro de campo os jogadores abdicaram de jogar, ficaram achatados da intermediária para trás, tornando quase impossível o contato com Neymar e Zé Eduardo na frente. Esta postura deve-se a característica dos seus homens de meio campo. Talvez a entrada de Alan Patrick naquele momento, resolvesse o problema.

O Cerro se aproveitou e diminuiu o placar. Num dos poucos contra-ataques veio o terceiro gol. Arouca partiu livre com a bola, percorrendo um longo espaço vazio, do campo de defesa até perto da meia lua adversária, onde estavam Neymar e Zé Eduardo, um de cada lado. Para quem você tocaria? Sim! Arouca também pensou igual, tocou para Neymar que finalizou com perfeição, 3-1.

Na segunda etapa a equipe do Cerro começou apertando, sempre através de bolas aéreas. O Santos seguia recuado demais e sem saída para contra-atacar. Com 15 minutos o jogo se desenhava a feição de Maikon Leite, que só entraria aos 25, após o Cerro chegar ao segundo tento.

A partir deste gol o Santos aceitou a pressão paraguaia, em seguida sofreu o empate, um em bela jogada de Fabbro aos 36, e por pouco não comprometeu sua classificação desnecessariamente.

No final, Neymar teve a chance de dar a vitória ao Santos, ficando cara a cara com o goleiro Barreto. Edu Dracena ainda teve tempo de receber um cartão vermelho e desfalcar o time na primeira partida da decisão. Final, Santos finalista 3, Cerro eliminado, também 3.

Que o Santos tenha aprendido mais uma lição nesta Libertadores.