sexta-feira, 29 de julho de 2011

[OPINIÃO] ECLIPSE OCULTO

As imagens do gol espetacular assinalado por Neymar nesta quarta-feira, onde Santos e Flamengo fizeram um jogo antológico, correram o mundo, entrando para galeria dos momentos mais belos do futebol em todos os tempos.

Vendo e revendo a jogada, me vieram rapidamente na lembrança algumas arrancadas sensacionais que resultaram em gol. Como, Denner no Canindé contra o próprio Santos, Romário no Maracanã contra o Uruguai em 93, e Ronaldo pelo Barcelona partindo do meio de campo.

Mas, este de Neymar teve todos os ingredientes: habilidade, técnica, velocidade, inteligência, malandragem e frieza.

A obra começa pelo lado esquerdo com Neymar ludibriando dois adversários com um drible de futebol de salão. Depois, inicia a arrancada em direção a meta do Flamengo, uma rápida escala com Borges, em seguida, um toque com cada pé, para dar uma finta inacreditável em Ronaldo Angelim, uma espécie de meia lua do avesso.

Ao invés de "meia-lua" ou "drible da vaca", a jogada inventada pelo craque nesta quarta-feira, deveria se chamar "Eclipse Oculto". Neymar puxa do pé direito para o esquerdo, como se a bola fosse a Lua entre a Terra e o Sol, provocando o raro fenômeno da natureza. Só que neste caso, escureceu apenas para o pobre zagueiro do Flamengo, que ficou inerte, como se apreciasse o evento astronômico.

A bola - como combinado - vai se encontrar com o craque alguns metros a frente, onde Neymar termina sua obra-prima assinando com uma leve pincelada para o fundo do gol, usando apenas três dedos, entre zagueiros e goleiro, atônitos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

[OPINIÃO] SOBROU TALENTO PARA UNS, FALTOU SERIEDADE PARA OUTRO

O grande assunto do dia sem dúvida está sendo o confronto mágico entre Santos e Flamengo, realizado ontem na Vila Belmiro.

Realmente, tudo que está sendo decantado em prosa e verso por cronistas, torcedores, jogadores e apreciadores do futebol arte, é pouco perto do que as duas equipes e, principalmente Neymar e Ronaldinho proporcionaram.

Espero, que Muricy e Luxemburgo, apenas corrijam os erros de posicionamento defensivo, e não tirem jamais este ímpeto alucinante que suas equipes apresentaram. Que possam, com a experiência e a vivência que possuem, achar um ponto de equiilíbrio entre defesa e ataque.

É bom lembrar que a maioria dos gols de ontem, foram marcados através da genialidade, da criatividade e do improviso dos craques. Uma pequena parte apenas foi devido a falhas, como a do goleiro Rafael que não interceptou dois cruzamentos rasteiros, onde um resultou em gol, e a bola perdida por Ganso no último tento do jogo.

O único fato lamentável foi o pênalti cobrado por Elano, depois do erro na Copa América, e com o placar empatado, jamais um jogador tão experiente, um dos líderes do time poderia ter tomado uma decisão daquelas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

[OPINIÃO] MUITAS OPÇÕES NO MEIO E POUCAS NOS LADOS

O Santos entrará em campo esta noite para enfrentar o Flamengo, com praticamente o que possui de melhor. A única peça ausente é Danilo, que está servindo a seleção sub-20.

Aliás, Danilo ficará somente até o final do ano, quando irá defender o Porto. Enquanto isso, ele deverá ser utilizado na lateral, pois no meio campo Muricy têm muitas e excelentes opções: Arouca, Ibson, Adriano, Henrique, Elano e Paulo Henrique.

Por falar no setor, achei ótimo o retorno de Arouca na função de primeiro volante. Nesta posição, além dele render mais individualmente, ele faz o time jogar com mais velocidade, buscando a bola dos zagueiros, municiando os companheiros e dando opção por trás.

Com esta concorrência os titulares terão que estar afiados, no melhor de sua forma física e técnica, pois além de Adriano que mostrou sua utilidade na conquista da Libertadores, terão a sombra de Henrique, um um ótimo segundo volante, que deve arrumar um lugar no time, em breve.

Se no meio de campo existe uma abundância de bons jogadores, não se pode falar o mesmo da lateral esquerda. Com a saída de Alex Sandro, abriu-se uma lacuna, Leo (foto) passou a ser o único na posição.

Todos sabem do seu valor, mas também é fato, que Leo não atua três jogos seguidos. Às vezes, não completa nem um.

terça-feira, 26 de julho de 2011

[OPINIÃO] AS NOVIDADES DE MANO

O zagueiro Dedé do Vasco foi uma das surpresas
Mano Menezes anunciou os convocados para defenderem o Brasil no amistoso frente a Alemanha em Stuttgart. Como todos já devem ter visto, foram efetuadas seis mudanças no grupo que protagonizou o fiasco na Copa América.

Destes, quatro nem tiveram chance durante a competição sul-americana, apenas Elano e Jadson jogaram alguns minutos.

Nesta nova convocação, Mano deu a entender que gostou do nível de atuação do lateral André Santos, pois o jogador do Fenerbahçe ficou sem um reserva para ser testado.

Por outro lado manteve Lucas Leiva e Ramires, mas trouxe duas novas apostas, o volante Ralph e o desconhecido Luiz Gustavo, um jogador de contenção que também pode atuar como zagueiro pelo lado esquerdo.

Assim, Arouca continua sem ter chances de mostrar o seu futebol, apesar de parecer não agradar o treinador, deve ter ficado de fora da lista para não prejudicar ainda mais o Santos no Brasileirão.

Do meio para frente, as novidades foram Renato Augusto, justificável apenas por estar atuando no futebol alemão, Fernandinho que despontou no Atlético Paranaense, dizem estar jogando bem no Shakthar Donetsk, e Jonas atualmente no Valencia, autor de apenas quatro gols nesta temporada, desde janeiro.

Se para a Copa América os nomes dos convocados pareciam ser o que tínhamos de melhor, não se pode dizer agora. Vamos torcer para que Mano consiga passar o que pretende com estes atletas, pois até o momento, já se foram doze jogos e quase nada foi apresentado.

domingo, 24 de julho de 2011

[OPINIÃO] UM CAMPEÃO SEM FRESCURAS

Para o bem do futebol, a justiça foi feita neste domingo no Monumental de Nuñes.

A tradicional Celeste Olímpica confirmou seu favoritismo e goleou a burocrática seleção paraguaia, vice-campeã sem ter vencido um jogo sequer.

Imaginem o Paraguai campeão da América com este futebol apresentado?

Teríamos que ouvir um monte de defensores adeptos do futebol medroso, retrancado, esperando erros do adversário, sem atitude ofensiva, batendo no peito justificando o anti-jogo.

Àqueles que já defenderam os absurdos cometidos por Dunga, após a eliminação do Brasil, iriam ofuscar ainda mais a verdadeira receita para se montar um grande time: bons jogadores, um esquema tático equilibrado, união e objetividade.

O Uruguai de hoje, mostra isto tudo aos amante do futebol bem jogado. Suas estrelas, Forlán e Luis Suáres, são objetivos, não são vaidosos, se procuram dentro do campo, sem pose, o passe sai rápido, em prol do time.

O resultado está aí, um título mais do que merecido, que coroa uma equipe sólida, consistente entre a defesa e o ataque. Uma fórmula simples e eficiente, provando que é possível jogar bem e vencer.

Parabéns ao Uruguai, legítimo campeão da Copa América 2011, um país de dimensões diminutas, e um futebol de enorme qualidade.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

[OPINIÃO] FAIR LADY

O lance protagonizado pelo atacante Kleber (foto) do Palmeiras neste meio de semana frente ao Flamengo, onde ele não devolveu a bola para o adversário, e partiu com a mesma em direção ao gol, reacendeu uma questão que precisa ser revista no futebol, o "Fair Play".

Neste caso recente, o Palmeiras atacava o time carioca em busca da vitória, quando próximo a grande área o lateral esquerdo Junior César do Flamengo, caiu numa disputa de bola. O árbitro mandou a jogada seguir, pois não havia observado falta, mas o lateral continuou deitado no solo.

Como a partida já se encaminhava para o seu final, e o Flamengo parecia contente com o empate, na hora do bola ao chão os atletas cariocas, ainda insatisfeitos com o tempo ganho na paralisação, hesitaram - com certa dose de cinismo - em devolver a bola.

A atitude sorrateira do atacante palmeirense é digna de reprovação, mas, algo tem que ser feito para frear esta forma de catimba. Se fizermos um estudo de quantos jogadores ficam no solo aguardando atendimento médico, quando sua equipe está alcançando um resultado satisfatório, veremos a discrepância.

Há muito tempo, treinadores e atletas vem utilizando este expediente para quebrar o ritmo do adversário ou para ganhar tempo. O ritual é sempre o mesmo, o jogador fica estirado no gramado, transparecendo não ter a mínima condição de seguir na partida, é retirado pelo carrinho ou pela maca, melhor pela segunda opção, e na hora de devolver a bola, o fazem jogando-a para o ponto mais extremo do campo.

Acredito que, quando a FIFA alterar a Regra 8, exigindo ao árbitro parar o seu cronômetro na hora da "contusão", e só soltá-lo na bola ao chão, talvez o problema da "cera" esteja resolvido, mas quanto ao de "esfriar" a partida.

Fair Play, é devolver a bola no local do incidente, é levantar o adversário com respeito, é não retardar de qualquer forma o andamento da partida, é cumprimentar seus companheiros e seus oponentes antes e no final de cada jogo, enfim, toda e qualquer atitude digna para que a partida transcorra de forma limpa e justa.

O treinador da Fiorentina, o sérvio Sinisa Mihajlovic, já declarou que não quer que parem o jogo caso algum atleta seu caia no gramado, e vice-versa. Pelo jeito, não é só por aqui que as coisas estão fugindo do controle.

A verdade, é que estas paralisações estão deixando o futebol atual cada vez mais chato, já não bastam a violência, o anti-jogo e a falta de apetite para atacar, vide o Paraguai que pode se sagrar campeão da América, sem vencer uma partida sequer.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

[OPINIÃO] PERGIGO À VISTA

Poucos arriscariam o palpite de que Adilson Batista (foto) seria escolhido para comandar o São Paulo, após suas passagens pelo Corinthians, Santos e Atlético do Paraná, nem o próprio treinador imaginava a possibilidade, segundo ele.

É óbvio, que não há como recusar uma proposta dessas, ainda mais quando você está com o égo ferido.

Trabalhar num dos maiores clubes do mundo, com uma estrutura fantástica ao seu dispor, é o que todos profissionais querem, portanto, seria maluquice recusar.

Só há um aspecto negativo neste cenário, Adilson assume o clube na vice-liderança da competição, sabemos que neste formato de disputa, o principal termômetro é a posição na tabela, não existem outros objetivos, como classificação dentro da chave, ou ir avançando em mata-matas, a verdade crua está calcada em múmeros frios.

Aí é que mora o perigo! Um insucesso momentâneo nos próximos dois ou três meses, ocasionando uma posição inferior a que o clube se encontra, pode lhe custar o emprego e uma longa ausência no mercado de trabalho.

Talvez, fosse mais interessante, pelo seu passado recente, aguardar o convite de uma equipe que esteja numa posição mais abaixo na tabela, assim, com uma boa campanha, Adilson poderia novamente se estabelecer no rol dos treinadores top do futebol brasileiro.

Condições ele já mostrou que tem, é estudioso, compenetrado no que faz, extremamente sério, entre outros adjetivos. Mas, também precisa rever alguns conceitos que percebo de longe. Acho que suas atitudes, vem gerando uma certa antipatia às peças que fazem diretamente a engrenagem funcionar à seu favor, ou seja, seus superiores, seus atletas e a imprensa.

Caso não ocorram mudanças no seu temperamento, e olha que não precisam ser drásticas, Adilson pode ter mais problemas, pois vai ser bastante pressionado por todos, já que precisará barrar alguns jogadores.

O São Paulo possui um ótimo elenco, principalmente do meio pra frente, onde Dagoberto, Fernandinho, Lucas, Rivaldo, Cañete, Cícero, Marlos e Luis Fabiano, brigam por apenas quatro posições.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

[OPINIÃO] HÁ MUITO PARA SE FAZER E POUCO A SE ESPERAR

Apesar da seleção não despertar o mesmo interesse de antigamente, nem atrair a paixão de outrora, o grande assunto do dia continua sendo sua prematura eliminação.

Analisando friamente, após o calor da partida, e procurando até deixar de lado as bisonhas cobranças de pênaltis, chego a uma conclusão igual a de todos os brasileiros, até daquelas senhoras que assistem apenas as decisões de pênaltis por simples curiosidade.

Muita coisa precisa ser revista, desde lá de cima.

A primeira mudança parece impossível! É preciso tirar do povo a antipatia passada pela seleção, reflexo da arrogância do todo-poderoso Ricardo Teixeira (foto). Vamos torcer para que a cultura do futebol para com os treinadores, que só prestam em caso de vitórias, se estenda também para o presidente da CBF.

Da mesma forma que esta referida Confederação, precisa mostrar transparência administrativa, também necessita fazê-lo quanto na dos seus treinadores e nas convocações dos atletas. Não cabe mais estas trocas de favores, que só trazem benefícios particulares.

Dentro de campo a arrogância também precisa acabar, em seu lugar tem que estar a entrega na disputa de cada bola, a satisfação de vestir a camisa amarela, o compromisso com a nação, que pára para assisti-los, que sofre durante cada noventa minutos.

Quanto ao treinador escolhido, ele tem que ter capacidade para enxergar o que praticamente todos veem de fora, e olha que não precisa ser muito.

É inadimissível, não notar que André Santos não chega uma vez ao fundo e não tem objetividade alguma... que Thiago Silva está torto pelo lado esquerdo... que em determinado momento do jogo, é possível sim, tirar um dos volantes... que as vezes é interessante chamar o adversário para o nosso campo, para atacarmos com um pouco de espaço. Como explicar a entrada de um velocista como Lucas, e em seguida tirar Ganso, o único que poderia municiá-lo (??)

Enfim, há muito o que fazer, e não acredito que isso vire realidade, pelo menos em breve. Talvez tenhamos que esperar mais derrotas e mais eliminações, para que num futuro bem distante, a verdadeira supremacia do nosso futebol se sobreponha aos adversários.

domingo, 17 de julho de 2011

[OPINIÃO] MÁ PONTARIA PENALIZA SELEÇÃO

Erros na hora de finalizar durante os 90 minutos, e principalmente nas cobranças de pênaltis, decretaram a desclassificação da Seleção Brasileira.

Lúcio e Pato (foto) tiveram chances a queima-roupa diante do goleiro paraguaio, não fizeram, com isso o Brasil teve que medir forças nas penalidades, e acabou sendo penalizado.

A bola bola esteve nos pés brasileiros praticamente todo o tempo da partida, sempre iniciando as jogadas do seu campo, frente a onze adversários na espera.

Mesmo assim, o time conseguiu criar várias outras chances, Neymar, Ganso e Fred, chegaram perto de livrar o Brasil dos pênaltis.

Na hora das cobranças, um caso inédito, talvez nunca na história - pelo menos da Seleção - tenha acontecido um caso semelhante, com quatro penalidades desperdiçadas consecutivamente, e de forma bisonha.

Claro, que Mano e os jogadores tem sua parcela de culpa. Mas, na minha opinião, acho que os erros vem lá de cima, desde a arrogância da CBF, personificada na imagem do seu todo-poderoso presidente, passando pela forma que são escolhidos os treinadores, nas imposições discretas na hora das convocações, e por aí vai...

Talvez, seja este o motivo de Muricy Ramalho, não ter "aceitado" dirigir o selecionado brasileiro.

[OPINIÃO] BRASILEIRÃO DOIS MIL E ONZE E MEIO

A paisagem do Campeonato Brasileiro vai mudar drasticamente, assim que a janela de transferências se abrir. Algumas equipes darão prosseguimento a competição, bem diferentes da forma que iniciaram.

Em termos de reforços mais significativos, os clubes paulistas saíram na frente, em relação aos outros grandes.

O Santos por exemplo, acaba de acertar com o volante-meia Íbson, que despontou muito bem no Flamengo, e agora defendia o Spartak de Moscou. Quase que simultaneamente, o clube contratou outro jogador da mesma posição, Henrique do Cruzeiro, por sinal, muito bom também. O único problema, é que nesta posição o Santos está muito bem servido com Arouca e Elano.

Já o São Paulo, trouxe o meia Cañete do Universidad Católica, com intuito de resolver o eterno problema da camisa dez. Ao mesmo tempo repatriou sua própria cria, o ótimo volante Denílson, que estava no Arsenal,  e espera fazer o mesmo com o zagueiro Breno.

O Palmeiras seguiu a linha de boas contratações dos rivais, trouxe o meia-atacante Martinuccio, que fez uma excelente Libertadores pelo Peñarol, além de trazer de volta o zagueiro Henrique, que pertence ao Barcelona. O Corinthians foi mais modesto, por enquanto, acertou com o lateral esquerdo Ramón ex-Vasco. A grande esperança está na recuperação de Adriano, enquanto sonha com o retorno de Tévez.

No Rio de Janeiro, o Flamengo de Luxemburgo saiu na frente. Aguarda os exames médicos para poder apresentar o zagueiro Alex Silva, e ao mesmo tempo não desiste de tentar trazer André, aquele mesmo revelado pelo Santos, e preterido por Luxa, na sua última passagem pelo clube. Flu, Vasco e Botafogo, por enquanto só especulações. No Sul, a única contratação de certo impacto, foi Gilberto Silva, ex-volante da seleção brasileira.

O lado ruim da história, é a debandada das jovens revelações do nosso futebol. Danilo, Alex Sandro, Casemiro e Neymar, todos campeões sul-americanos pela seleção sub-20, estão dando adeus.

A mais badalada sem dúvida é a de Neymar, o craque santista está sendo pivô de uma disputa entre os dois maiores e mais poderosos rivais do futebol mundial, Barça e Real Madrid. Os "merengues" madrilenhos querem pagar e levar, Neymar quer ficar até o final do anos para disputar a final do Mundial de Clubes. Sabendo desse desejo, o Barcelona entrou na briga, dizendo que aceita o hiato.

Esta novela está apenas começando, enquanto o campeonato, já está a todo vapor.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

[OPINIÃO] LONGE DO IDEAL

Ganso: lampejos e Neymar: gols.
Atuação Coletiva

Apesar da defesa equatoriana não servir de parãmetro, foi sem dúvida a melhor partida feita pelo ataque brasileiro nesta Copa América.

Além dos gols, houve bastante movimentação, principalmente de Pato e Neymar, o setor contou ainda, com uma participação muito melhor pelo lado direito, devivo ao apoio de Maicon.

Em compensação, o sistema defensivo apresentou problemas graves, principalmente no miolo de zaga. A proteção também está deixando a desejar, os dois jogadores do setor (Lucas Leiva e Ramires), ainda estão confusos.

O time continua sem um padrão de jogo, talvez fruto das constantes mudanças de atletas e de sistemas táticos. Coloca Robinho, tira, volta, idem com Jadson, joga no 4-4-3, muda pro 4-4-2 e retorna ao anterior, e por aí vai. Ontem, quando o time abriu dois gols de vantagem e passou a mostrar um rascunho no jeito de jogar, o técnico Mano Menezes, mudou a equipe e quebrou o embalo.

Outro fator que preocupa, é a falta de confiança dos jogadores. O time faz o gol, parece que vai tomar conta do jogo, ao sofrer, muda completamente.

Atuação Indivídual

Julio César - Tem crédito, mas vem falhando com certa frequência.
Maicon - Deu outra consistência ao setor, com ele em campo, as jogadas de fundo são opções constantes. O melhor do time.
Lúcio - Falhou no primeiro gol. Está inseguro desde a estreia.
Thiago Silva - Mano teve razão ao pedir mais simplicidade. A fase não está boa para jogar bonito, principalmente lá atrás.
André Santos - Ontem esteve bem na marcação, mas - como sempre - sem objetividade do meio pra frente.
Lucas Leiva - Não parece ser o homem ideal para o primeiro combate, não tem dado a proteção necessária aos zagueiros.
Ramires - Péssimo, displiscente, precisa melhorar, está destoando.
Paulo Henrique Ganso - Continua muito econômico, teve lampejos na etapa final. Quando começou a ganhar confiança foi substituído. Ainda não está a vontade com a camisa amarela, torço para que ele se habitue e se solte logo.
Robinho - Parece estar sem função. Não tem tem dado segmento nas jogadas, parece sem força, quer mostrar utilidade, mas não está merecendo a titularidade no momento.
Pato - Depois de Maicon, foi o melhor da seleção. Mostrou que está com vontade, lutou, se movimentou e foi premiado.
Neymar - Bem distante do ideal. Fez os gols, o que deve dar-lhe confiança para os jogos decisivos.

Entraram:
Lucas, Fred e Elias - Em pouco tempo, e com o placar definido, pouco fizeram.

Manio Menezes - Poderia ter deixado o time ganhar conjunto, mas fez três alterações que quebraram o ritmo, quando a coisa ficou boa. Elias e Lucas nos lugares de Ramires e Robinho, valeriam a pena como experiência.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

[OPINIÃO] O CRAQUE DA HORA

Ontem, surgiu a notícia que o argentino Carlitos Tévez (foto) estaria disposto a voltar para a América do Sul.

Na mesma hora, várias equipes mostraram interesse em contratá-lo. Claro, trata-se de um grande jogador, que se encaixaria em qualquer time do nosso continente.

O que me causa entranheza, para não dizer outra palavra, é a euforia que parte da imprensa e alguns dirigentes tratam a situação. Mesmo com uma quantia astronômica, todos acham possível e viável.

Estas pessoas colaboram na mesma proporção - muitas vezes com informações fantasiosas - para induzir a saída de nossos principais craques, como se torcessem eles deixarem o país, o mais rápido possível. Como fizeram com Kaká, com Robinho, entre outros.

Como são formadores de opinião, transportam esse sentimento para as ruas, fazendo refletir negativamente na relação entre o clube, a torcida e o atleta. Em dois jogos, transformam o craque em "dúvida", e vice-versa.

Ouvi ontem um repórter de uma conceituada emissora, dizendo que se tivesse dinheiro para escolher entre contratar Tévez ou Neymar, ele optaria pelo argentino. Tevez completou 27 anos, oito a mais que o brasileiro, quanto a bola que cada um joga, não vale nem comentar aqui.

É uma questão de gosto, e de esperteza, em como investir seu dinheiro.

domingo, 10 de julho de 2011

[OPINIÃO] REFORÇAR É PRECISO

O Palmeiras atropelou o Santos no Pacaembu: 3 a 0.
Depois da "ressaca" natural, consequência do título da Libertadores, o Santos parece ter perdido o rumo neste Campeonato Brasileiro. Muricy - especialista na competição - sabe muito bem que não pode ficar lamentando as ausências de Adriano, Ganso e Neymar.

Ele sabe que é preciso urgentemente reforçar o elenco para a longa caminhada. Os nomes mais comentados no momento são: Alan Kardec e Cleiton Xavier. Inclusive, há quem afirme que já estejam contratados.

Quanto ao ex-palmeirense, acho um ótimo reforço. Cleiton é o tipo de jogador moderno, versátil, tanto pode atuar na armação, como na função de segundo volante.

Já o atacante formado na base do Vasco, acredito que seria importante apenas para compor o elenco, caso Muricy queira mudar o esquema durante o jogo. Kardec é um jogador exclusivamente de área, muito parecido com Jardel que brilhou no Grêmio, bom no jogo aéreo, mas deixa a desejar no aspecto da técnico.

Em contrapartida, alguns jogadores que seguem no elenco, não estão demonstrando condições de vestir a camisa do Santos, precisam rever alguns conceitos, tanto na parte técnica, como na entrega física dentro de campo.

Outro fator preocupante, é ficar atrás dos concorrentes em números de jogos. Esta situação, te faz sempre ficar projetando resultados no futuro, transformando psicologicamente em dobro um tropeço que seria natural.

sábado, 9 de julho de 2011

[INFO] GRAU DOIS, CHANCE ZERO, KLEBER NÃO JOGA O CLÁSSICO

Foto: Agencia Estado.
Esta é de primeira mão, ainda não foi noticiado por nenhum segmento esportivo:

KLEBER NÃO ENFRENTA O SANTOS!

O jogador está relacionado por Felipão, pois foi liberado pelo departamento médico do clube, mas não se concentrou com o restante do grupo.

Kleber foi realizar exames particulares no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Na ressonância magnética feita pelo atleta, foi constatada uma lesão de grau dois em sua coxa esquerda, colocando em xeque a palavra dos responsáveis pela sua liberação.

A situação só tem a se complicar nas próximas horas, e pode resultar com a queda de pessoas importantes do Palmeiras.

[OPINIÃO] EMBARALHOU!

Jadson fez o 1o gol brasileiro.
Mais uma vez, a Seleção Brasileira atuou mal sob o comando de Mano Menezes. O cenário projetado nos amistosos se confirmaram nesta Copa América, sem padrão nenhum, o time não conseguiu até agora vencer adversários visivelmente mais fracos.

Para piorar, Mano abdicou do esquema com três atacantes, deduzindo ser este o problema da má estreia. Se não bastasse, se mostrou perdido ou incoerente na escalação que mandou à campo hoje.

Falou-se muito durante a semana das saídas de Robinho e Ramires para as entradas de Lucas e Elano, e ele surpreendeu escalando Jadson, passando do 4-3-3 para o 4-4-2.

A mudança não surtiu efeito, a equipe continuou presa da mesma forma que havia atuado, mas o escolhido (Jadson), ao menos teve o mérito de arriscar um chute de fora da área, abrindo o placar e dando um pouco de tranquilidade para a segunda etapa. Como prêmio foi sacado no intervalo para a entrada de Elano.

Com o 4-4-2 mais defensivo, a seleção de Mano sofreu o empate, depois o treinador sacou Ramires e colocou Lucas. No 4-3-3 sofreu a virada, ficou sem saber o que fazer, pensou em tirar Ganso, mudou de ideia, resolveu então sacar Neymar para colocar Fred. Aí a síndrome de "time pequeno" ajudou, com o Brasil tonto, o Paraguai poderia ter liquidado o jogo, mas acabou sofrendo o empate no final.

O sistema defensivo que  havia deixado a entender, que enfrentando um ataque um pouco mais competente poderia ter problemas, também se confirmou de forma negativa. Lúcio e Thiago Silva foram envolvidos pelos atacantes paraguaios, talvez, pelo posicionamento errado dos laterais, sofreram dois gols e proporcionaram situações delicadas para o goleiro Julio César.

Neste momento, Mano deve estar com a cabeça completamente embaralhada, sem saber que esquema ou jogadores utilizar. Mesmo assim, uma vitória contra o Equador, garante a classificação à próxima fase. Vamos aguardar!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

[OPINIÃO] CAMISA 10: UM PRODUTO EM EXTINÇÃO

No início desta semana, o ex-treinador Carlos Alberto Parreira, declarou entre outras coisas, que o futebol brasileiro não produz mais "camisas 10" como antigamente, e ainda apontou para os possíveis culpados: "Este problema pode estar na base, que privilegia a força e sufoca a técnica.", disse.

Realmente, este é um problema crônico, que na minha opinião começou na década de 80, com a perda das Copas, principalmente a de 82. Naquele time fantástico, jogavamos praticamente com quatro meias: Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Tinhamos outras dezenas de jogadores capacitados nessa posição, Pita, Jorge Mendonça, Tita, Jair do Inter, Mendonça do Botafogo, Zenon, Luvanor, entre muitos outros.

Depois da tragédia de Sarriá, vieram os questinamentos, e a mania do nosso país em copiar sistemas táticos provenientes da Europa, como o dos ingleses, inventores do futebol e donos de apenas um título mundial, jogado em casa e decidido com um gol irregular. Aqui, os "entendidos", não procuram situações que possam dar equilíbrio a sistemas ofensivos, sem tirar o talento nato do nosso atleta.

Simplesmente fazem o contrário, os treinadores, como o próprio Parreira, foram colocando brucutus e cabeças-de-bagres, tirando espaço de meias criativos, que ficavam sentados no banco, observando estes "salvadores de empregos" jogar.

Para azar do futebol brasileiro, ganhamos em 94, com o próprio, utilizando quatro volantes, que davam sim, sustentação defensiva, mas quase nenhuma opção na frente. Todos sabem que esse sistema só funcionou pois tinhamos dois extraordinários atacante.

Parreira pode ter esquecido que, em 94, Palhinha vivia grande fase no São Paulo. Inteligente e criativo, o meia havia sido peça fundamental no título mundial de clubes, e teve apenas uma oportunidade, devido ao clamor popular.

Vale lembra também, que vários meias habilidosos, devido a influência de treinadores, viraram volantes de marcação. Como o pentacampeão Emerson, que apesar de poucos saberem, começou atuando com a camisa dez do Grêmio, era cerebral, cadenciado, e virou o que todos conhecem.

Outro que poucos sabem, foi Dunga. O estilo guerreiro e duro, em nada se assemelhava ao jogador que foi convocado para a seleção brasileira de juníores em 1983, um meia criativo, e muitas vezes criticado por reter a bola em demasia.

Acho, que hoje a história esta mudando, já se estimula a habilidade do garoto na base, mas a cultura retrógada da maioria dos treinadores, ainda os empurram para o ataque, inibindo a formação do meia clássico. Mas... já é um avanço!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

[OPINIÃO] DE ACORDO COM O FUTEBOL

O início desta Copa América está sendo lamentável, até agora foram quatro jogos de baixíssimo nível técnico, que resultaram em apenas três gols marcados. Brasil e Argentina - sempre favoritos - decepcionaram na estreia.

Hoje, jogam: Uruguai x Peru e Chile x México.

É claro, que isto não é desculpa, mas a qualidade dos gramados argentinos estão deixando a desejar. Basta assistir alguns jogos do Clausura e do Apertura, nota-se um verdadeiro festival de touçeiras, buracos e grama alta.

Quem não se lembra da estreia do Brasil na Copa de 78? Aquelas imagens de Mar Del Plata, com placas de grama soltas pelo solo, ficaram marcadas na história dos mundiais. Ontem em La Plata, o piso estava péssimo, a bola não ganhava a velocidade normal, devido a areia pintada de verde que foi despejada, isto atrapalhou um pouco, principalmente que precisava criar.

Vamos torcer para que o gramado de Córdoba, local da segunda partida, esteja em melhores condições, e que os jogadores brasileiros atuem com menos soberba e mais objetividade.

domingo, 3 de julho de 2011

[OPINIÃO] COMEÇO RUIM

Pato vinha bem, até a mudança de posicionamento.
Seguindo o exemplo da Argentina, o Brasil iniciou a Copa América frustrando seus torcedores.

Sem inspiração, o time brasileiro não conseguiu furar o bloqueio da Venezuela, chegando ao terceiro jogo sem vitória, e o segundo sem balançar as redes.

Neymar, Robinho e Ganso - protagonistas da equipe -  abusaram de "poses" e "caras" na hora de passes simples, ou em situação de arremate. Na frente só Pato jogava sério, ora servindo como pivô, ora se deslocando para receber o passe, e ainda concluindo para gol.

Atrás, os jogadores mostravam-se inseguros, o volante Lucas se desdobrava com disposição no primeiro combate, mas não dava sequência nas jogadas. Nas laterais, Daniel Alves tentava chegar ao fundo, enquanto André Santos se limitava a dar toquinhos sem profundidade. Até os seguros Lúcio e Thiago Silva, andaram se complicando.

Para piorar, o técnico Mano Menezes inexplicavelmente trocou Pato - o mais lúcido em campo - de posição, e depois, o tirou do campo. Vai entender!

A verdade, é que a pressão contra o treinador deve aumentar, e os próximos jogos serão contra adversários mais qualificados. Os principais jogadores vão ter que mostrar mais serviço, no caso, Ganso terá que ser menos econômico com a bola, e ter mais disposição sem ela. Já Neymar, ser mais objetivo.

Os dois tem que entender, que ainda não se consolidaram como jogadores de seleção, estão apenas começando, tem um futuro brilhante pela frente, mas não podem jogar como se fossem "veteranos" com a camisa amarela.

Vamos torcer, para que tenha sido apenas a tensão da estréia, e que Mano e seus atletas demonstrem todo o potencial que possuem.

sábado, 2 de julho de 2011

[OPINIÃO] TROPEÇANDO EM CASA

Edivaldo deixou o seu gol, Messi foi apenas discreto
O empate da Argentina frente a modesta Bolívia logo na estréia da Copa América, pode ser um prenúncio de que não teremos jogos fáceis na fase de classificação.

Nem a força de cerca de 50 mil pessoas empurrando o time de Messi pra cima dos bolivianos, foi capaz de evitar o fiasco.

No jogo de ontem, só se salvaram os dois belos gols. O brasileiro naturalizado boliviano e ex-Atlético Paranaense Edivaldo, abriu o placar desviando um escanteio de calcanhar.

Enquanto, Sergio Agüero (genro de Dieguito) empatou há 15 minutos do término, acertando um potente voleio da entrada da área.

Messi, o melhor do mundo, segundo os especialistas, teve uma atuação discreta. É inegável o talento do meia atacante. Defendendo o Barcelona, realmente é indiscutível. Com a camisa da seleção, é até questionável.

Mas, uma coisa eu não tenho dúvida: no modo de atuar, no estilo, no jeito de tratar a bola, o nosso Neymar joga muito... mas, muito mais bonito!