Posso dizer que acompanho a trajetória do meia Paulo Henrique Ganso desde sua época nas categorias de base do Santos.
A primeira vez que tive a oportunidade de vê-lo em ação, foi num jogo contra o Juventus no CT da equipe alvinegra, a convite de um amigo.
Cheguei com a partida em andamento. Quando fixei os olhos no campo, a cena que vi foi a seguinte: um garoto magro e alto com a camisa 10 do Santos, apanhou a bola no grande círculo de costas para o adversário, protegeu, girou (ficando de frente para o marcador), colocou a bola entre as pernas do juventino, e partiu com passadas largas tirando os marcadores que se sucediam. Foi parar no bico esquerdo da grande área, quando bateu forte cruzado, a bola se encontrou com a parede lateral da rede adversária. Um golaço !!!
Ali, percebi que o futebol ganharia um grande craque. Demorou um pouco, não foi tão meteórico quanto Neymar. Foi acusado de lento, desligado, preguiçoso na marcação, entre outros adjetivos. É verdade que ele evoluiu, aprendeu a recompor o meio campo e a roubar bolas, pois o resto era inquestionável, apesar dos corneteiros de plantão.
Dentre todas suas qualidades, uma eu gostaria de colocar em pauta: a visão periférica. PH tem o dom de organizar, não tem pressa em dar o último passe. Enquanto faz a bola andar despretenciosamente, está tramando o xeque-mate, e, é ai que entra a tal visão.
Ele sabe exatamente quem está livre pelos lados do campo, ou os buracos que vão se formando a sua frente. Sabe calcular a força necessária e o momento propício para executar o passe fatal.
Sabemos que a visão periférica é algo que pode ser treinado. Imagine então se o meia santista o fizesse? Com certeza seria capaz de perceber a movimentação dos gandulas fora do campo. E quem sabe distinguir os sabores que o sorveteiro carrega no isopor, lá na arquibancada.
Chocolate ou limão ?
CONTRATAQ - É um blog destinado ao futebol, com postagens divididas por cinco tipos: [OPINIÃO] - visão particular para assuntos polêmicos, curiosos ou interessantes; [FICÇÃO] - mistura informação séria com humor, às vezes surreal; [INFO] - traz notícias relevantes; [MEMÓRIA] - traz jogos ou fatos marcantes do futebol brasileiro ou mundial e [CAUSO] - revela situações pitorescas vivídas pelos nossos craques. Todos os textos escritos por Sérgio Dias.
sexta-feira, 16 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
[OPINIÃO] OS ONZE DE MURICY
O Santos vem dando mostras que está no caminho certo. E nada melhor do que usar o Campeonato Paulista para tal. A confirmação pode vir nesta quarta-feira frente ao Inter.
Muricy teve habilidade para montar seu time titular sem conturbar o ambiente, já que Elano e Leo, que possuem história no clube, "forçavam" suas escalações prejudicando o time. O treinador bancou a recuperação de Íbson e contou com o reforço do experiente Juan, para justificar o afastamento de ambos.
A chegada de Fucille também ajudou a equilibrar a equipe. O lateral uruguaio marca primeiro para depois se lançar ao ataque, facilitando o trabalho do sistema defensivo e ao mesmo tempo dando espaço para Íbson se movimentar na hora de atacar.
O resto do time, talvez com exceção de Henrique que ainda carrega algumas restrições, qualquer criança de cinco anos sabe quem deve atuar.
Muricy teve habilidade para montar seu time titular sem conturbar o ambiente, já que Elano e Leo, que possuem história no clube, "forçavam" suas escalações prejudicando o time. O treinador bancou a recuperação de Íbson e contou com o reforço do experiente Juan, para justificar o afastamento de ambos.
A chegada de Fucille também ajudou a equilibrar a equipe. O lateral uruguaio marca primeiro para depois se lançar ao ataque, facilitando o trabalho do sistema defensivo e ao mesmo tempo dando espaço para Íbson se movimentar na hora de atacar.
O resto do time, talvez com exceção de Henrique que ainda carrega algumas restrições, qualquer criança de cinco anos sabe quem deve atuar.
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