terça-feira, 21 de junho de 2011

[OPINIÃO] DOMINGO DA CARIDADE

Neste domingo, durante a rodada do Campeonato Brasileiro, Rivaldo e Marcos, dois pentacampeões mundiais, foram - mesmo que de forma indireta - "homenageados", um pelo treinador e o outro por companheiros e torcedores.

A cena mais constrangedora com certeza foi a de Rivaldo. Carpegiani esperou a partida estar liquidada em favor do Tricolor, para colocar o craque aos 40 minutos do segundo tempo. É o tipo de situação que deveria ser evitada, em respeito a trajetória do veterano jogador.

No Canindé, a "admiração" foi mais light. O Verdão goleava com tranquilidade o lanterna Avaí por 4-0, quando o árbitro assinalou um pênalti em favor do Palmeiras. A torcida e os próprios companheiros pediram para Marcos bater. Visivelmente surpreso, ele hesitou, sendo logo proibído por Felipão.

Uma das histórias contadas por Pepe em seu livro "Bombas de Alegria", exemplifica bem as situações citadas acima. Durante uma excursão daquele fabuloso Santos dos anos 60 ao México, o técnico Lula colocou em campo o já consagrado Tite, faltando cinco minutos para o término. Em final de carreira, seus companheiros torciam para o amigo, quem sabe, fazer ainda um contrato na terra da tequila.

Então, Pelé arrancou do meio de campo driblando a todos, inclusive o goleiro, com o gol aberto, o Rei "preferiu" passar para Tite, que acompanhava o lance. Surpreendentemente, Tite deu um bico na bola para fora do estádio:

- Gol de esmola eu não quero! - disse bravo.

... e o que Rivaldo e Marcos deveriam ter feito ontem.

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