[OPINIÃO] O DILEMA DE MURICY

Treino do Santos no Paraguai, antes do jogo decisivo.

Não gosto deste meio campo que Muricy irá repetir no jogo de logo mais, contra o Cerro Porteño. Mas, entendo o dilema enfrentado pelo treinador.

É nítido que Adriano, Arouca, Danilo e Elano, não se completam.

Adriano e Arouca são importantes como primeiro volante, Elano e Danilo rendem mais atuando pelo lado direito, fazendo a famosa dobradinha com o lateral.

Aliás isso, é uma herança de Dunga, que descobriu o esquema, num jogo frente a Argentina, com Daniel Alves fazendo essa função.

Repare que dos quatro citados, apenas Adriano estará amanhã atuando onde rende 100%, ou seja na frente da zaga. Arouca atuará como segundo volante pela direita, Danilo pela esquerda - onde fica torto - e Elano centralizado como armador.

Agora, se coloque no lugar do Muricy?

Você não tem um armador autêntico (Ganso), pode optar por Alan Patrick - que volta de contusão - na posição. Mas quem vai deixar a equipe?

Adriano? Claro que não! Ele tem sido um guerreiro, incendeia o time com sua entrega na marcação. Ainda mais num jogo decisivo fora de casa.

Arouca? Nem pensar! Se Ganso estivesse em condições, seria simples. Era só passá-lo para primeiro volante na vaga do Adriano, que o time não perderia tanto poder de marcação. Mas como não é possível...

Danilo? Como! Ele é o pulmão da equipe, o jogador que marca, se movimenta e ocupa os espaços.

Elano? Seria o mais cotado! Está se arrastando fisicamente, por estar em final de temporada. Mas é experiente, titular e um dos líderes do time.

Então, a saída é se contentar com um setor confuso, sem criatividade, mas com muito poder de marcação. E... torcer muito por Neymar!

[OPINIÃO] MEDIDA DA FIFA TRAZ BONS VENTOS AO BRASILEIRÃO

Finalmente o bom senso prevaleceu, prática não muito comum em se tratando de decisões tomadas pela Fifa.

Hoje, a entidade maior do futebol, autorizou à CBF a antecipar a abertura da janela de tranferências, possibilitando assim, que atletas vindos de outros países, possam ser utilizados a partir de 15 de junho (data a ser confirmada).

Esta medida corrige uma situação absurda, em que os clubes se esforçavam para trazer jogadores de bom nível, e tinham que aguardar atá agosto para poderem utilizá-los.

Para evitar este tipo de problema, a Fifa deveria adequar o calendário de todos os países filiados. Prevendo um período para os campeonatos nacionais e outro para os continentais. Poderia aproveitar também, para impedir a realização de jogos oficiais, quando as seleções tiverem compromissos.

No nosso caso seria mais complicado, mas, não impossível, já que somos o único país no mundo, onde são realizadas competições estaduais.

Só para lembrar, veja os clubes que possuem jogadores provenientes do exterior:

Botafogo: Renato (meia ex-Santos, estava no Sevilla)
Vasco: Juninho Pernambucano (Al Gharafa)
Corinthians: Alex (Spartak Moscou)
Grêmio: Miralles (Colo Colo) e Gilberto Silva (Panathinaikos)

Com a notícia animadora, os clubes deverão anunciar uma enxurrada de reforços nas próximas horas. O Grêmio está em negociação com Paredes - companheiro de ataque de Miralles - do Colo Colo. O Flamengo espera anunciar o volante Aírton que está no Benfica, pretende reapatriar André (ex-Santos), além de sonhar com Vagner Love e Juan, que tem contrato até 2013 com a Roma.

O Botafogo quer vários jogadores, entre eles o zagueiro Adaílton que atuou no Santos, o São Paulo pode trazer Coates, defensor do Nacional do Uruguai, o Santos negocia com o veterano Zé Roberto e o Corinthians tenta contar novamente com o futebol do volante Christian, para fazer dupla com Ralph, entrosamento não faltará!

[INFO] DOMINGÃO NO CAMPO E NA PRAIA

Foto: Walter Mello (A Tribuna)

Não foi só o mar que estava agitado, nesta bela manhã de domingo aqui em Santos.

Na Caneleira, Briosa e Jabuca matavam a saudade de seus sofridos torcedores, com o "Clássico das Praias".

E por falar em praia, no canal 6, o sol deixava a temperatura agradável para felicidade dos amantes do futevolei.

Pelo grupo 6 da Segunda Divisão de São Paulo - jogando em seus domínios - o Jabaquara quebrou a invencibilidade da Portuguesa, com um gol de Parazinho na primeira etapa.

A vitória fez os rubro-amarelos, somarem agora 9 pontos, um a menos que a vice-líder Portuguesa. O São Bernardo lidera o grupo com 12 pontos ganhos.

Do outro lado da cidade, estava sendo disputada a 5a etapa do Circuito TNT de Futevolei, organizado por Edinho Cholbi. O ex-goleiro, também participa na Série Prata (acima de 40 anos), fazendo dupla com Catatau, ex-ponta direita que atuou no Guarani e no Atlético Mineiro, durante os anos 80.

Catatau é pai de Vinicius, um dos maiores jogadores deste esporte na atualidade. Canhoto, baixo como o pai, tentou a sorte no futebol profissional, chegando a treinar no Real Madrid como lateral esquerdo, na época em que Luxemburgo comandava o time merengue, mas, achou melhor trocar o campo pelas areias.

[MEMÓRIA] MANHÃ DE NOSTALGIA NA CANELEIRA

Portuguesa Santista e Jabaquara, revivem amanhã o charmoso "Clássico das Praias", a partir das 10 horas da manhã no estádio Espanha. Aliás, esta denominação também é usada quando jogam Portuguesa e Santos, considerado o "Derby Santista".

As duas equipes não se encontravam pra valer desde 1982. Depois disso, jamais ficaram juntas na mesma divisão, o que só veio ocorrer nesta temporada. Infelizmente, estes dois times tradicionais, um representando a colônia portuguesa e o outro a espanhola, não mereciam ocupar a série mais baixa do futebol paulista.

Ao longo dos anos, eles já se enfrentaram oficialmente 187 vezes. A Briosa venceu 79, o Jabuca 57, e aconteceram 51 empates. Os Rubro-Verdes marcaram 350 gols, enquanto o Leão da Caneleira fez 281. A maior goleada imposta pela Portuguesa foi 8-0 em 1969 (veja a ficha técnica no final do texto), enquanto o Jabaquara enfiou um 6-1 na Briosa em 1944.

No último confronto, válido pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1982, a Briosa venceu o Jabuca por 1-0. Antes, no primeiro turno, a vitória também foi lusitana, desta vez por 5-1. Na época, a Portuguesa tinha no seu elenco o volante Jair e o atacante Zezinho, que vieram do Santo André, além da ótima safra saída da categoria de base, onde se destacavam o goleiro Marquinhos, Balu, Fernando e Totonho. Já o Jabaquara, contava com os experientes atacantes Valdir Dias e Celsinho.

Apesar de ter jogado profissionalmente nas duas equipes, não tive o prazer de disputar este clássico. Como amador participei de uns quatro jogos, sempre defendendo a Portuguesa. Era realmente um jogo diferente, eu sentia uma rivalidade do lado bom, não tinha aquela situação de "guerra", como existem em outros confrontos que reúnem rivais da mesma cidade.

Amanhã, mesmo com a Portuguesa defendendo a liderança e o Jabaquara buscando a vitória para encostar na parte de cima da tabela, deveremos ter uma partida disputada com lealdade e entusiasmo, em virtude até, do interesse dado pela mídia sobre o jogo.

Confira a ficha técnica da maior goleada da Portuguesa sobre o Jabaquara:

PORTUGUESA SANTISTA 8x0 JABAQUARA

Data: 15/06/1969
Caráter: Amistoso Estadual
Local: Estádio Ulrico Mursa
Juiz: Mário Ferreira
Renda: Cr$ 501,00
Gols: Palito aos 24 min, Toninho aos 41 min, Toninho aos 48 min, Palito aos 53 min, Careca aos 58 min, Palito aos 75 min, Gilson aos 77 min e Xaxá aos 89 min.

PORTUGUESA SANTISTA: Nei; Edmar (Celso), Santo, Lima e Arnaldo; Curió (Xaxá) e Índio; Gilson, Palito, Careca e Toninho.

JABAQUARA: Édson (Pedro); Albano, Mário (Gibi), Manteiga e Canário (Fernando); Jair e Julião; Messias, Luis, Betinho e Paulino.

[FICÇÃO] NEYMAR E NEYMAR

Muricy já adiantou que vai manter o atacante Zé Eduardo para o jogo da volta no Paraguai. Nesta quarta-feira, o atacante chegou a incrível marca de 15 jogos sem balançar as redes adversárias.

Enquanto aguarda Borges para completar suas jogadas fabulosas, veja o que Neymar terá que fazer até o final da Libertadores.

[OPINIÃO] NEYMARDEPENDÊNCIA

Sem um companheiro ao lado, com os laterais mais contidos no apoio, e quatro volantes - jogando em casa ou em qualquer outro lugar do planeta - o Santos fica muito dependente da genialidade e do poder de resolução de Neymar.

O gol desperdiçado por Alan Patrick na última bola do jogo, após mais uma jogada decisiva do craque santista, confirmou a sensação de quem acompanhou a partida: o placar poderia ter sido mais confortável.

Como também ficou claro, que a simples saída de Zé Eduardo - que chegou ao décimo quinto jogo sem marcar - fez com que o time produzisse mais chances de gol, sem perder a tão preciosa segurança defensiva.

Muitos vão citar a entrega do atacante, que às vezes vem atrás ajudar na marcação e na roubada de bola, é louvável, mas, ontem o Santos tinha oito jogadores (quatro zagueiros e quatro volantes) prontos para executarem esta função. Fica a pergunta: Quem vai completar as investidas extraordinárias de Neymar? O próprio? Ele ainda não tem esse poder.

Mesmo com a sintonia perfeita que Santos e Pacaembu possuem, capaz de arrepiar até quem não gosta de futebol, o Santos começou preso, com dificuldade para tomar a bola, mesmo tendo um meio campo apto para tanto. Neymar se deslocava para o meio do campo, fazendo o time "esquecer" de jogar pelos lados, tentando entrar pelo meio da congestionada defesa paraguaia.

A primeira chance foi de Léo, aos 15 minutos, exatamente pelo meio, ele se enfiou por dentro, ficando de frente para o goleiro, depois de ótimo passe de Neymar. Dezenove minutos mais tarde, foi a vez de Zé Love se antecipar ao companheiro Danilo, que ficaria em ótimas condições, num belo passe de Durval. Em seguida o Cerro perderia uma boa chance após cobrança de escanteio.

Nesta altura do jogo, o time parecia esperar o final da primeira etapa para se acertar com Muricy no vestiário. Só que o gênio apareceu! O Santos rondava a área do Cerro sem sucesso, a bola sobrou justo no pé dele, o garoto mudou o ritmo da jogada, como uma bala, invadiu driblando e de pé esquerdo colocou a bola na cabeça de Dracena, 1-0, explosão no Pacaembu.

No minuto seguinte, Rafael teria que fazer um milagre, defendendo uma cabeçada a queima roupa. Com isso o Santos vai para o intervalo, com tudo que precisava.

Diferente do que aconteceu na primeira etapa, o segundo tempo começou com o Santos conseguindo tocar a bola com mais facilidade, mas sem penetração. A única possibilidade de perigo, era passar a bola para Neymar e esperar ele resolver sozinho, quando o craque precisava de uma simples tabela com o companheiro de ataque, a bola morria.

A partir da metade desta etapa, o Cerro começou a gostar do jogo, voltou a prender a bola e deixar o tempo passar, feliz com o resultado. Quando tinham uma falta pelo lado, alçavam a bola na área, seja de onde fosse. O jogo ficava perigoso, e Muricy não reagia.

Somente aos 37, o treinador tirou Zé Eduardo, mais uma vez a torcida comemorou como se fosse um gol. Nestes poucos minutos, o ataque ficou mais leve, criando pelos menos quatro situações reais de aumentar o placar. Mas... ficou nisso!

[OPINIÃO] PRESENTE PARA NEYMAR!

Acho que o Santos acertou em cheio trazendo o atacante Borges (foto), mesmo que tardiamente, pois no começo da temporada era notória a carência de um homem de área.

Na verdade, o elenco santista só contava com Keirrison para o comando do ataque, também era verdade, que o jogador já dava mostras que não iria emplacar.

Quem deve ter ficado feliz foi Neymar. Agora, ele terá a companhia de um jogador, que tem tudo para completar com categoria suas jogadas endiabradas.

Zé Eduardo vinha sendo utilizado como segundo atacante, mas teve que atuar como avante, devido a inoperância do jogador revelado pelo Coritiba. O nome de Borges era ventilado como possível reforço para a temporada, só que a diretoria preferiu apostar, e acabou se rendendo um pouco tarde.

A única preocupação é com o comportamento do atleta, que completou 31 anos este mês, visto que desde a época do União São João de Araras, passando pelo Paraná Clube, Japão, São Paulo e Grêmio, vem mostrando problemas de relacionamento com os companheiros.

O meia Marquinhos - que pertence ao Santos - por pouco não atrapalhou a negociação.

Atualmente no Avaí, ele não mostrou interesse em se transferir para o Grêmio, em respeito e amor ao time catarinense. Marquinhos tem todo o direito de não querer ir, mas essa história de ser o maior ídolo de todos os tempos do Avaí, não querer jogar no ano passado contra o time, que tem o sangue azul e outras coisa mais, já cansou!

Fui pesquisar a tal história fabulosa que o meia construiu em Santa Catarina, e constatei o seguinte: foram 188 jogos, entre idas e vinda, desde 1999, onde assinalou 44 gols e ganhou apenas um título estadual com a camisa alvianil, em 2009. Além do Avaí, Marquinhos defendeu outras oito equipes.

Sinceramente, não acho que seja motivo para tanto glamour!

Em tempo, há rumores que o Santos estaria contratando o zagueiro tricolor Alex Silva. Também seria um ótimo reforço, mas o sigilo está sendo guardado, por não ser uma hora adequada. Dracena e Durval estão atravessando grande fase, nesta reta final da Libertadores.

[OPINIÃO] BRASILEIRÃO DÁ A LARGADA

Lucas e Dagoberto marcaram os gols do tricolor paulista.

O Campeonato Brasileiro começou neste sábado com os velhos problemas de sempre.

Alguns times tiveram que poupar seus jogadores, visando os jogos decisivos de outras competições mais importantes no momento.

Ou, não puderam utilizar atletas contratados do exterior, devido a determinação de uma lei absurda, que só dá condições de jogo para eles em agosto.

A situação não melhora para as próximas rodadas - ela piora - os mistões continuam em campo por mais algumas semanas.

Depois, teremos os desfalques por causa da Seleção Brasileira, e na sequência, se abre a janela de transferência, quando perderemos os principais destaques da competição.

Você pensa que parou por aí? Não!

Nos meses seguintes, as equipes "completas", várias com novos treinadores, estarão se entrosando e se reestruturando novamente, para tentar alcançar seus objetivos. Feito isso, nas cinco últimas rodadas, observaremos aquele verdadeiro festival de horrores, com clubes antecipando férias do elenco, outros colocando reservas, tudo para prejudicar os rivais.

Assim sendo, tivemos quatro jogos no sábado e seis hoje. Foram marcados 24 gols, perfazendo uma média de 2,4 tentos por partida.

Talvez a principal surpresa tenha sido o Coritiba, mesmo jogando com sua equipe titular foi surpreendida pelo Atlético Goianiense, em casa. O Palmeiras estreou bem ao vencer o Botafogo, com um golaço de Kleber "Gladiador", o Corinthians também conseguiu um ótimo resultado no Sul, batendo o Grêmio de virada, vale ressaltar o belo gol de Liédson.

O outro integrante do Trio de Ferro - o São Paulo - venceu bem o Fluminense em São Januário, com grande atuação de Lucas, que infernizou a defesa carioca. A vitória pode ter amenizado a crise são paulina, onde Carpegiani ganha uma sobrevida, o treinador até colocou o veterano Rivaldo em campo, aos 40 minutos da segunda etapa.

No sábado, o Santos B jogou de igual para igual com o Internacional, o empate acabou sendo um bom resultado pelas circunstâncias. Se não fossem as lesões, o "expressinho" poderia ficar mais forte, com as presenças de Alan Patrick e Maikon Leite.

Ainda no sábado, o Flamengo foi beneficiado ao receber o Avaí, representado pelo seu time reserva. O rubro-negro goleou, com boa apresentação de Ronaldinho Gaúcho. O Vasco bateu o Ceará fora de casa, com um detalhe: os dois times pouparam seus atletas titulares.

Entre os mineiros, somente o Cruzeiro decepcionou, foi à Santa Catarina e perdeu para o Figueirense. Enquanto, o Atlético goleou o xará paranaense, e o América bateu o Bahia, ambos atuando em casa.

[MEMÓRIA] ALEMANHA 1 x 2 BRASIL (AMISTOSO 1963)

O programa "Bem Amigos!" - do canal Sportv - apresentado na última segunda-feira, reuniu dois personagens ilustres do nosso futebol: Pepe e Zagallo.

Como todos sabem, ambos eram ponteiros, canhotos, jogaram em grandes esquadrões e depois se tornaram treinadores consagrados. Pepe foi parceiro de Pelé no Santos, Zagallo de Garrincha no Botafogo, e na seleção estiveram juntos em duas Copas do Mundo.

Infelizmente, não tive oportunidade de vê-los jogar ao vivo, restaram algumas imagens e muitas histórias.

Pepe era um ponteiro tradicional, não tinha o estilo driblador, era incisivo e eficiente, procurava o fundo do campo, mas também finalizava muito bem, tanto que é o segundo maior artilheiro do Santos em todos os tempos. Já Zagallo, foi um dos primeiros pontas que procuravam fechar o meio campo, era um jogador tático, ajudava na marcação e não finalizava tanto.

Com a camisa canarinha, a dupla - entre outras conquistas - seria bicampeão Mundial (1958 e 1962). Ao longo dos anos, Pepe atuou 40 partidas pela seleção, marcando 22 gols. Enquanto Zagallo, participou de 34 jogos, marcando 6 gols.

Apesar do maior número de jogos pela seleção, Pepe tem uma única frustração no futebol, não ter jogado um minuto sequer nas Copas em que esteve presente. A fatalidade fez com que o ex-ponteiro santista tivesse contusões graves, sempre próximas a realização da competição.

Em 58, segundo ele, estava em boas condições somente na partida final contra a Suécia. No Chile em 62, viajou contundido e não se recuperou a tempo, voltando para Santos antes da Copa terminar.

Para relembrar Pepe com a camisa brasileira, selecionei um raro vídeo, numa das poucas vezes que o ataque da nossa seleção foi formado pelo quinteto mágico do Santos.


Foi num amistoso realizado na Alemanha, com o estádio lotado. (veja o vídeo)

Alemanha 1 x 2 Brasil

Data: 05-05-1963
Estádio: Volks Park Stadion
Local: Hamburgo (Alemanha)
Gols do Brasil: Coutinho e Pelé.

Brasil: Gilmar; Lima, Eduardo, Roberto Dias, Zito e Rildo; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Aymoré Moreira
Alemanha: Fahrian, Novak, Schnelinger, Wildenx, Schulz, Werner, Heiss, Schuetz, Seeler, Konietzka (Strehl), Doerfeu. Técnico: Josef "Sepp" Herberger

[OPINIÃO] SELEÇÃO E BRASILEIRÃO

Hoje teve convocação da seleção, e no fim de semana começa o Campeonato Brasileiro. O que isso tem a ver?

Esta competição vai servir como termômetro para a consolidação de alguns jogadores emergentes, como Lucas do São Paulo e Leandro Damião do Internacional, se tornarem "jogadores de seleção".

Ambos têm muito potencial, Lucas viveu um momento difícil, intercalando lesões, expulsões e crítcas dos torcedores, espero que tenha servido como lição, neste início promissor de carreira. Já Leandro Damião atravessa uma grande fase, este ano fez 21 jogos e marcou 21 gols, excelente média, além de estar jogando muita bola.

Vai servir também para mostrar se Arouca e Ganso conseguem uma sequência de jogos sem lesões, o meia é nome certo, inclusive Mano Menezes disse que vai aguardar a evolução da contusão, para convocá-lo à Copa América.

Arouca, ao meu modo de ver é o maior primeiro volante do futebol brasileiro, não vejo ninguém - aqui e lá fora - com suas características. É o tipo de jogador que faz o time funcionar, ele recebe a bola dos zagueiros, inicia as jogadas, dando opção, vindo de trás como homem surpresa, além de marcar muito.

Se Mano quiser, pode montar seu time baseado naquele Santos que encantou o país no ano passado. Do meio para frente é só escalar: Arouca, Ramires (fazendo a função do Wesley), Ganso, Robinho, Fred ou o próprio Leandro Damião (substituindo André) e claro, Neymar.

Atrás, o treinador têm boas opções: Julio César, Maicon ou Daniel Alves, Thiago Silva, Lúcio (um pouco mais) e na minha opinião Marcelo do Real, que não foi convocado e parece não cair nas graças do atual técnico.

Mas antes, Mano terá que conversar com Muricy, afim de saber qual o mistério para se conseguir um sistema defensivo tão eficaz, sem perder ofensividade.

Sobre a convocação de hoje, gostei da lembrança do nome de Fábio do Cruzeiro, da volta de Robinho e o retorno de Fred, depois de muitos anos ausente.

Veja a lista completa:

Goleiros: Julio César (Inter de Milão), Jefferson (Botafogo), Victor (Grêmio) e Fábio (Cruzeiro)

Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahçe) e Adriano (Barcelona)

Zagueiros: Lúcio (Inter de Milão), Thiago Silva (Milan), David Luiz (Chelsea) e Luisão (Benfica)

Volantes: Lucas Leiva (Liverpool), Ramires (Chelsea), Sandro (Tottenham)
Henrique (Cruzeiro) e Anderson (Manchester United)

Meias: Elano (Santos), Elias (Atlético de Madri), Lucas (São Paulo), Thiago Neves (Flamengo) e Jadson (Shakhtar Donetsk)

Atacantes: Robinho (Milan), Neymar (Santos), Pato (Milan), Nilmar (Villarreal), Leandro Damião (Internacional) e Fred (Fluminense)

[OPINIÃO] SANTOS SOBE MAIS UM DEGRAU

Neymar novamente foi o principal personagem do jogo.

Tudo levava a crer que seria tranquila a classificação santista para as semifinais.

O gol logo aos onze minutos, dele, sempre ele, Neymar, tinha tudo para abrir a muralha colombiana, mas não foi o que aconteceu.

Como se nada tivesse acontecido, o Once Caldas continuou congestionando os espaços que o Santos precisava para impor seu jogo.

A equipe colombiana ainda foi premiada com dois fatos inesperados: a contusão de Alan Patrick - não que o meia estivesse bem - mas, pelo motivo do time perder criatividade com mais um volante no meio campo, e o mais importante, chegaram ao empate antes de terminar a primeira etapa.

Com este cenário, a partida acabou ficando perigosa para o Santos. Seu meio de campo esatva confuso, Danilo atuava mais pelo lado direito, Adriano centralizado, Arouca e Elano, não sabiam ao certo quem armava e quem encostava no ataque, com isso o Once passou a ter o domínio da bola, do jeito que as equipes colombianas gostam de jogar.

Se não levavam perigo ao gol santista, eram beneficiados pelo próprio Santos, que não "matava" o jogo. Zé Love desperdiçou duas chances claras. Perto de completar 14 jogos sem marcar, o atacante desabou no campo pedindo substituição, levando a torcida ao delírio.

A partida ia se tornando dramática, pois o Once começava a contra-atacar cada vez com mais perigo, principalmente pelo lado de Léo. Muricy percebeu rápido, conversou com o lateral e colocou Alex Sandro, descansado no setor.

Até que, faltando sete minutos para o final, outra vez aparece Neymar incendeia o jogo. Ele entra pela esquerda, dá uma linda finta no zagueiro, e ao tentar passar pela cobertura é derrubado, pênalti! O astro santista pega a bola, se arruma todo, coloca a camisa para dentro do calção (joga sempre com ela para fora), arruma as mangas, o cabelo, as meias e... deixa o Pacaembu em silêncio, com mais uma cobrança equivocada.

O alívio só viria dez minutos mais tarde com o apito final do árbitro chileno.

Agora, o Santos aguarda o classificado de Cerro Porteño e Jaguares, que jogam amanhã à noite no Chile. Lembrando que a primeira partida terminou empatada em 1-1.

[INFO] 30 ANOS DE JOEL

Na última sexta-feira o irreverente Joel Santana concedeu uma entrevista ao site globoesporte.com, neste dia, ele comemorava 30 anos de carreira como treinador.

Antes disso, Joel foi um vigoroso zagueiro do Olaria e do Vasco da Gama, mas - sem dúvida - foi no banco, dirigindo várias equipes, que fez história. Ganhou oito títulos cariocas, um nacional e um internacional.


Separei dois momentos da entrevista, onde Papai Joel fala sobre craques e claro, sobre sua famosa prancheta.

Confira:

Sobre os craques Zico e Neymar...

Peguei o Zico num jogo amistoso, em Niterói. Magrinho, loirinho. Ele me driblava de tudo quanto era jeito. Eu falava: “Gente, tira esse garoto de perto de mim”. Aí, em qualquer momento, eu dei uma porrada nele e saí de campo. Entrou o Gaúcho no meu lugar. E ele era parecido comigo. Depois, quiseram dar porrada no Gaúcho, achando que era eu. E eu já estava na barca há muito tempo.

Se não tenho time, vou jogar com 4-3-2-1 contra o Santos? Eu estou ferrado. Vão bater com a gente até cansar. Neymar vai vir de lá, vai me driblar até no banco. Vou cair no chão, não quero nem ver (risos). É aquela história que um amigo meu conta. Era um jogo contra o Flamengo, com falta naquele lugar que o Zico gostava, ele era o primeiro homem na barreira. O goleiro mandou ele virar e ele não virou, só respondeu: “Acha que só você quer ver o gol? Eu também quero”. Craque é craque.

Sobre a prancheta...

Comecei a sentir que na beira do campo, às vezes, você fica envolvido na emoção e não consegue guardar tudo que você queria falar para os seus jogadores. Porque você tem um tempo mínimo ali. Às vezes tem jogador que tem dor de barriga, tem que colocar gelo, quer fazer xixi...

Não comecei a usar para fazer onda, não. É que ali eu fazia uns desenhos muito feios. Uma seta minha tem um valor danado. Médico escreve tudo errado para a pessoa não imitar a letra dele. Comigo é a mesma coisa. Uma seta aqui, assim, assado, representa muita coisa. E isso foi crescendo até que chegou a um ponto que quiseram acabar com a minha prancheta, matar ela.

Disseram que eu era um técnico ultrapassado, que agora era laptop, o bonitinho. Mas aí viram que a prancheta tem o seu valor. Agora ela está na crista da onda. Eu perdi uma vez e fiquei louco, mas alguém guardou para mim. Poxa, ali estava a arma do crime todo. Tudo escrito por tópico. Aquilo é segredo de estado.

A prancheta continua da mesma forma que eu deixei na bolsa quando saí do Botafogo. Mas está sapateando, nervosa para trabalhar. Outro dia ela me cobrou: “Como é que é, cara? Vou continuar aqui até quando? Estou doida para sentir aquele clima”. Eu respondi: “Calma, filhinha”.

[OPINIÃO] O QUE ESTÁ HAVENDO, TCHÊ?

Mano, hoje é o aluno.mais importante.

É fato, que o poderoso Trio de Ferro do futebol paulista não vive um bom momento, os três não conquistam um título importante desde o ano passado.

Nesta temporada, São Paulo e Palmeiras foram eliminados do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, enquanto o Corinhtians teve um dissabor logo no início da temporada, quando foi eliminado da Pré-Libertadores pelo incógnito Tolima. 

Ontem, depois de apresentar pouquíssimo futebol, perdeu o título paulista para o Santos.

A situação mostra algumas semelhanças: suas torcidas reclamam da falta de ofensividade, acusando seus treinadores de retranqueiros. 

Estes por sua vez têm um aspecto em comum, todos são gaúchos. Felipão, Carpegiani e Tite, possuem estilos parecidos, se preocupam bastante com o sistema defensivo, preferem trabalhar com um grupo sem "estrelas", e fazem do conjunto sua grande força.

Esta "escola gaúcha de treinadores", que não por acaso, traz influências do futebol sulista, de muita força, aguerrimento e disciplina tática, vem perdendo espaço nos últimos anos. A impressão que dá, é que os métodos utilizados por eles estão ficando ultrapassados.

Hoje o futebol ficou mais dinâmico, por exemplo, o volante tem que saber marcar e sair para o jogo, provando que aquele futebol pragmático ficou para trás.

Outra característica, o dom da oratória, a fala elegante explicando os sucessos e insucessos com palavras unusuais, com o tempo foi se tornando cansativo, tanto para a imprensa como para seus comandados dentro de campo.

Dunga e Celso Roth estão no mercado, alguém se habilita?

[OPINIÃO] GOL DE GÊNIO

Um "gol de gênio" não precisa necessariamente ser um "gol de placa", iguais aqueles vários marcados por Neymar em sua curta, mas, já vitoriosa carreira.

Estão falando somente na falha de Julio César, ele realmente falhou, mas foi traído pela genialidade de um "extra-série".

Vou explicar o porquê!

Ontem, o craque se deslocou e recebeu a bola por trás de Alessandro - seu marcador - ficando de frente para o zagueiro Chicão. Então ele começa uma marcha para cima do adversário, dando quatro toques na bola, quase que simultâneos. Antes de do quinto e fatal toque, ele dimunue o ritmo, aguardando a passada do zagueiro.

Ninguém naquele momento esperava o chute, ou, o tapa sutil na bola. Nem Chicão, nem Julio César, nem as pessoas no estádio e, nem os milhares de telespectadores que acompanhavam o jogo.

Se você perguntar à Neymar, se ele realmente queria fazer isso, talvez ele te responda que não sabe. Este é o tipo de lance nato do craque, são milésimos de segundos, ele resolve no impulso, o subconsciente do gênio compreende a jogada e executa automaticamente.

Perceba, que ele vai dando a entender que o drible é uma questão de segundos, mas, subitamente muda a velocidade e executa o inesperado.

Vi apenas dois jogadores fazerem muito bem este tipo de jogada, Ronaldo e Romário. Eles batiam para o gol com o marcador em cima, esperavam o contra-pé do adversário e na hora certa arrematavam. O goleiro não aguarda este tipo de conclusão, pois aparentemente a situação está controlada.

Craque é isso... imprevisível!  (veja)

[OPINIÃO] EMPATE E VITÓRIA LEVAM SANTOS AO BICAMPEONATO

Depois de um empate em São Paulo e uma vitória em casa, o Santos ergue pela décima nona vez, a taça de campeão paulista.

Com uma curiosidade, este é o sexto bicampeonato na história do clube.

Na partida de hoje o Santos contou com uma atuação mais qualificada de Zé Eduardo, o atacante mostrou muita vontade, combateu e deu várias assistências.

Numa delas saiu o primeiro gol. Depois de um desvio de Chicão, a bola sobrou para ele bater cruzado, encontrando o volante Arouca, que vinha acompanhando o lance, desviar para as redes de Julio César, como um autêntico centroavante.

Em seguida, Muricy teve que substituir Jonathan (contundido novamente), colocando Pará, o "curinga" por pouco não comprometeu, entrava com excesso de "raça" nas jogadas e dava chutões desnecessários para todos os lados.

A partir dos 35 minutos, o Corinthians passou a ter o domínio da bola, tentava entrar pelo meio da bem postada defesa santista, sem obter sucesso. Daí, até o final da primeira etapa, aconteceram duas grandes chances, Jorge Henrique errou um cabeceio na pequena área, e Neymar desperdiçou o gol na frente de Julio César.

O segundo tempo começou equilibrado. Aos 14, Elano bateu cruzado para fora, enquanto Willian - que havia entrado na vaga do inoperante Dentinho - arriscou um tiro de longe defendido por Rafael.

Do meio para o final do jogo, era gritante a falta que Ganso fazia ao Santos, sem um articulador para cadenciar o jogo, fazer a bola ficar em poder da equipe, e ser preciso no contra-ataque, o Corinthians novamente passou a levar algum perigo, principalmente com as descidas de Alessandro, enquanto a equipe praiana confiava na competência de seu sistema defensivo, onde Durval estava impecável.

Tite alterou seu time, colocou Ramirez e Morais. Por sua vez Muricy tirou Léo, colocando Alex Sandro descansado, para cobrir o setor que começava a preocupar. Depois, sacou o discreto Alan Patrick, colocando Possebon, no intuito de melhorar a marcação sem perder o toque de bola.

Aos 38, a estrela de Neymar brilharia, o garoto marchou pela esquerda marcado por Chicão, na passada do zagueiro, deu um biquinho na bola - estilo Romário - o goleiro Julio César, que jamais esperava o chute naquele momento, falhou feio, Santos 2-0 e explosão de alegria na Vila.

Quem pensava em comemorar o título teve que sofrer mais um pouco, Morais colocou a bola na área, ninguém desviou e ela entrou tranquilamente no fundo do gol santista. Após oito minutos de apreensão, a torcida do Santos pode finalmente soltar o grito de campeão, era o final de mais um campeonato paulista de futebol.

[INFO] BATE-BOLA COM JOÃO PAULO, ÍDOLO DOS ALVINEGROS

Um dos ícones da primeira geração de "Meninos da Vila", este ex-ponteiro esquerdo, aliava velocidade e inteligência, além de bater na bola como poucos.

João Paulo, conseguiu uma façanha difícil de ser alcançada: foi ídolo e campeão pelos dois rivais alvinegros.

Em 1978, foi campeão paulista pelo Santos, dez anos depois, em 1988, conquistou o título pelo Corinthians. Na Vila foram 416 jogos, contra 268 com a camisa do Timão.

No Santos, é o maior artilheiro depois da "Era Pelé", com 104 gols, ao lado de Serginho Chulapa.

Hoje, João é treinador de futebol. Depois de comandar o Força, acaba de assumir o sub-15 do Barueri. Nas horas vagas é um avô dedicado, não larga os netos (Matheus e Diogo), e ainda arruma tempo para defender os Masters do Santos e do Corinthians.

Confira o bate-papo:

SD - Curiosamente, você disputou três finais por cada clube, inclusive, em uma delas pelo Corinthians contra o Santos. Que projeção você faz para esta final?

JP - Eu acho que existe um equilíbrio muito grande, apesar do Corinthians ter chegado na frente durante a fase de classificação. A trajetória do Santos, depois de 2002, se acostumando a ganhar títulos também pode pesar. Do mesmo jeito que o Corinthians cresce em momentos adversos, como, jogar na Vila.

E essa coisa de desgaste?

Acredito que a vitória na Colômbia aliviou os jogadores, é uma final, o jogador neste momento supera o cansaço

Dos vários clássicos entre Santos e Corinthians que você participou, existe algum fato marcante que vale a pena mencionar?

Que eu me lembre no momento, não! Apesar de ter jogado praticamente seis anos em cada clube, sou mais lembrado como jogador do Santos, acho que os "Meninos da Vila" marcaram muito, mesmo assim consegui ser ídolo também no Corinthians, poucos conseguiram isso.

Aproveitando a tua experiência de ter jogado nestes dois grandes rivais. Eu queria saber, o que você acha desta suposta transferência do Ganso para o Corinthians?

São situações diferentes. Eu saí do Santos em 83, fiquei pouco tempo no Flamengo, e no ano seguinte estava jogando contra o Santos numa final de campeonato. Toda hora me pegavam de surpresa, querendo que eu falasse alguma coisa pra me prejudicar. Na época eu administrava tudo sozinho, sempre fui profissional, já tinha dado minha parcela ao Santos. Como eu falei, continuo sendo ídolo dos santistas. No caso do Ganso, acho estranho, talvez ele seja mal-assessorado, não era preciso criar essa imagem negativa, que só traz coisas ruins pra carreira.

Uma das suas especialidades era o cruzamento. Percebo no futebol atual, uma deficiência grande neste fundamento. Você também vê assim?

Claro! A bola não chega na área, ou bate no marcador, ou vai sem direção. O futebol não mudou nesta parte, chegou no fundo, tem que olhar. O garoto já vem da base sem saber cruzar, aí não tem muito o que fazer, treinamento melhora, mas não faz milagres. Ninguém treina mais depois do horário, eu chamava um companheiro pra ficar na área, e ficava cruzando

Me conta aquela história da transferência do Edmar (ex-avante do Corinthians, Guarani e Cruzeiro)?

Eu sempre brinco com ele quando nos encontramos. Foi o seguinte: o Edmar tava pra ser contratado por um time italiano, aí, o empresário pediu à ele uma fita com seus gols. Dois dias depois o empresário ligou pro Edmar e falou: "Acho que vou levar aquele cara que aparece toda hora colocando a bola na tua cabeça?(risos)

Pra terminar a entrevista, você arrisca algum palpite para domingo?

Não, é muito difícil! O Santos tem mais time, mas o Corinthians é muito perigoso em finais. Mais difícil, vai ser assistir o jogo em casa, minhas três filhas torcem para o Corinthians (elas nasceram na época em que João atuava pelo Timão), e a Beth, minha mulher, falou que fez igual ao Ronaldo, era flamenguista e virou corithiana. (risos)

[OPINIÃO] NEYMAR DÁ PASSE GENIAL E SANTOS UM PASSO FUNDAMENTAL

Neymar deu show. Dois chapéus entre outros dribles desconcertantes.

Novamente ele!

O maior craque do futebol brasileiro no momento, foi primordial na vitória santista frente ao Once Caldas.

Neymar com dois toques deixou Alan Patrick em condições de marcar, deu dribles desconcertantes, provocou expulsão, deu combate, correu, enfim, como se diz no futebol, chamou a responsabilidade.

O triunfo, além de trazer vantagem para o jogo da volta no Pacaembu, deixa a moral elevada para decisão do Paulistão, neste domingo na Vila Belmiro.

Outro detalhe chamou a atenção, o Santos chegou à sua sexta partida sem sofrer gols, apesar do Once Caldas não pressionar como deveria, mostrou uma dupla de atacantes bastante perigosa, Renteria e Moreno incomodaram, principalmente o primeiro, que em várias oportunidades levou vantagem sobre Edu Dracena.

Muricy mais uma vez acertou, pedindo para o time apertar a saída de bola no campo do adversário, impossibilitando que o meio campo do Once Caldas municiasse o ataque, já que eles contavam com dois homens abertos e o perigoso Renteria centralizado.

O gol solitário saiu dos pés de Neymar, depois de cortar da direita para o meio, tocou com estilo para Alan Patrick, que teve frieza para dominar e dar um tapa na bola, colocando no canto esquerdo de Martinez. Este gol também serviu para o meia ganhar confiança, de discreto, passou a arriscar, contribuindo muito mais para a equipe.

No final, mesmo com um homem a menos o Once poderia ter empatado. Uma Rafael defendeu e outra Durval travou na hora H, além de um pênalti cometido por Bruno Aguiar que o árbitro fez vistas grossas.

Agora, um empate na próxima quarta-feira em São Paulo, qualifica o Santos para as semifinais da Libertadores 2011..

[OPINIÃO] PALMEIRAS DE MARCOS E FELIPÃO CONTRA O IMPROVÁVEL

O Palmeiras recebe hoje o Coritiba pela Copa do Brasil, no jogo da volta, após o desastre no Couto Pereira.

A semana que passou foi conturbada, ficou marcada por declarações polêmicas, muros pixados e várias reuniões. Os principais personagens, sem dúvida, foram Felipão e Marcos.

Escutei agora há pouco mais uma entrevista de Marcos, onde ele disse que não é traíra, pois não fala por trás do grupo, e que jamais se excluiu da culpa pelo vexame.

Não foi o que pareceu quando foi questionado pelos repórteres após a goleada.

- Se eu soubesse que o time estava uma "nhaca", nem entrava em campo. Não sei se foi a derrota para o Corinthians que causou isso. Parecia que eles (o resto do time) queriam que eu tomasse um monte de gol - palavras dele.

Quanto a Felipão, no Palmeiras ninguém acena com a possibilidade de uma possível demissão, o motivo é bem compreensível: a multa contratual.

A verdade, é que Felipão não tem o respeito total do grupo, no início desta temporada o treinador se envolveu em bate-bocas públicos, com Kléber e Valdívia, depois, descartou o jogador Lincoln e teve que voltar a utilizá-lo, como se nada tivesse acontecido.

Frente ao Corinthinas na semifinal, teve papel preponderante no desequilíbrio emocional do time. Contra o Coritiba, segundo Marcos, disse ao goleiro que precisava dele para o jogo.

Deola vinha jogando muito bem, fazia parte de um sistema defensivo difícil de ser vazado, mas o treinador teve a percepção de que seria melhor colocar um goleiro inativo há alguns meses contra um adversário embalado por 23 vitórias consecutivas. Outro erro crasso de Felipão.

Hoje a tarefa é praticamente impossível, mas vale a pena lembrar que pelas quartas-de-final da Libertadores de 1995, o Palmeiras havia sido derrotado no Olímpico para o Grêmio por 5-0, e no jogo da volta venceu o rival por 5-1 no Parque Antarctica, por pouco não levando aquela decisão para os pênaltis. Um detalhe: Felipão era o técnico do Grêmio.

[FICÇÃO] SEIS PIADAS INFAMES SOBRE MARCOS

1. Depois da goleada impiedosa imposta pelo Coritiba, Marcos e a equipe do Verdão, passaram a noite num hotel da capital paranaense. Na manhã seguinte, antes de pegar o vôo de volta à São Paulo, seu companheiro de quarto, na tentativa de acorda-lo, soltou:

- Marcão... Marcão, vamos já são sete!!!
- Poxa... não acabou? Pensei que tinha parado no sexto - respondeu ainda sonolento.

2. Nos treinos coletivos na semana seguinte do desastre, Marcão, ao fazer a barreira, não precisa nem mais falar quantos jogadores quer na proteção.

3. Depois do penta com a Seleção, Marcão chegou ao hexa com o Verdão.

4. Marcos sempre foi chamado por São Marcos, benção adquirida após anos de conquistas. Agora a diretoria do Palmeiras, está pensando em fazer uma estátua para o ídolo. O busto teria um novo título: Dom Marcos VI

5. Na coletiva após o massacre, Marcos foi questionado por um repórter, que queria saber, se a imprensa era uma das culpadas pela goleada, o goleiro ainda atordoado, respondeu com seu característico sotaque caipira:

- Ora, os curpados são oceis mesmo.

6. Na mesma coletiva, o goleirão teve que responder, se achava estar na hora de encerrar a carreira, Marcos foi curto e grosso:

- Não seis!

[OPINIÃO] VERDADES SOBRE O TAL DESGASTE

Do outro lado, Tite discorda do cansaço.

Santos e Corinthians partem agora para o segundo e decisivo jogo, que vai apontar o campeão paulista deste ano.

Como é sabido no futebol, um título não se ganha somente dentro de campo, vários ingredientes contribuem para uma conquista, como o equilíbrio emocional, contusões, suspensões, erros de arbitragem, desgaste físico, acertos nas escalações e nas substituições, entre outros pequenos detalhes.

No caso em questão, é notório o desgaste que a maratona do Santos vem proporcionando. Muitos, como o técnico Tite, podem achar que isso não influi, pois antigamente se jogava quarta e domingo, com viagens intercaladas, e ninguém usava o cansaço como desculpa.

Só que hoje o futebol mudou muito, principalmente no aspecto de movimentação dentro de campo, as estatisticas não me deixam mentir, basta você comparar quantos quilômetros o jogador atual percorre numa partida em relação à antes. Sem falar no esforço destinado para o combate ao adversário. A única coisa que não mudou, foi a vontade do jogador, que prefere jogar no meio e no fim da semana.

Se Tite não acha vantagem ter uma semana livre para treinar e descansar, deveria pedir à diretoria um amistoso nesta quarta na Bolívia, por exemplo!

Quanto as reclamações de Muricy, pedindo que se faça alguma coisa para coibir este excesso de jogos sem tempo hábil para recuperação, acho que a única saída, seria ter um elenco com mais peças de reposição, que pudessem lhe dar suporte para revezar seus atletas durante as competções.

Aqui, o treinador santista tem que fazer seu omelete com poucos ovos, e ainda, obrigado a colocar alguns estragados. Mais isso é um outra conversa.

Na Europa, também, em determinada época, se joga quarta e domingo, mas lá, os clubes têm um elenco numeroso, e, existe uma cultura bem resolvida de se colocar craque no banco, entrando 20 minutos numa, 40 na outra, e assim por diante.

Outra diferença importante, no Velho Mundo, se treina apenas em um período, só para manutenção física. Além de não sobrecarregar a parte atlética, evita o desgaste psicológico do jogador.

[OPINIÃO] EMPATE TORNA VILA ÚNICA VANTAGEM (?)

Três bolas na trave: Liédson (1) e Neymar (2)

O empate sem gols desta primeira partida - segundo o regulamento do Paulistão - deu ao Santos uma única vantagem, ou seja, receber o Corinthians na Vila Belmiro, no jogo que decidirá o campeonato.

Se os rivais quiserem conquistar o título durante os 90 minutos, terão que fazer gol, caso contrário, irão arriscar todo o seu trabalho em uma competição distinta, de quem converte mais penalidades máximas.

Hoje, cada equipe entrou com uma proposta diferente, o Corinthians tentando imprimir velocidade no jogo, enquanto o Santos procurava cadenciar a partida, devido ao desgaste acumulado dos últimos dias.

Aliás, só o treinador corinthiano achou o cansaço santista, uma desculpa.

Sem seu lateral titular, Alessandro, Tite foi esperto, dobrou a marcação do lado direito com Wallace e Paulinho, na tentativa de conter Neymar. A estratégia ao menos minimizou os estragos, já que o craque santista foi um verdadeiro inferno por aquele setor.

O primeiro tempo acabou igual, cada equipe teve uma grande oportunidade, Neymar fez grande jogada, invadiu a área e acertou a trave, no contra-ataque, Bruno César desperdiçou a chance de abrir o placar, ao chutar para fora, frente a frente com Rafael.

A segunda etapa começou com Bruno César novamente perdendo uma ótima oportunidade, depois de um passe errado de Dracena. Em seguida, Neymar incendiou o jogo, sempre incisivo, fez pelo menos três grandes jogadas - a segunda uma pintura - foi para cima de Wallace, tocou para Alan Patrick, já pedindo a devolução, invadiu a área como uma flecha e bateu forte contra o travessão de Julio César.

A partir dos 35 minutos, o Corinthians passou a levar perigo ao gol santista, na maior, o bom Liédson acertou a trave de Rafael, num tiro de pé esquerdo.

Na minha opinião, tanto Muricy como Tite, acertaram nas substituições, mesmo dispersivo, Alan Patrick era o jogador mais cotado para entrar na vaga de Ganso (contundido). Bruno César apesar de ter tido algumas chances de marcar, não vinha vinha bem no jogo, o mesmo acontecendo com Dentinho, portanto achei corretas as entradas de Morais e Willian.

Projetando o cenário para o próximo jogo, o Timão vem à Santos completo e descansado, enquanto o Peixe tem uma longa viagem no meio da semana, e alguns desfalques, Danilo com o terceiro cartão e Ganso, que dificilmente reunirá condições de jogo, além de aguardar as recuperações de Léo e Arouca.

[OPINIÃO] NO FUNDO DO POÇO

A Portuguesa Santista estreou no domingo passado na última divisão do futebol paulista, derrotando o vizinho São Vicente, por 2 a 0.

É com muita tristeza que vejo a nossa querida Briosa se encontrar neste patamar.

Lembrando que há pouco tempo - cinco anos atrás - ela estava na elite do futebol paulista, enfrentando as principais equipes do Estado.

Tudo bem, que a história da Portuguesa é marcada por altos e baixos, mas, nunca tão baixo, ela sempre habitou as duas principais séries de São Paulo. Tivemos os acessos de 1964 e 1996, e o rebaixamento de 1978 - apesar da arrancada sensacional no returno - até o descenso de 2006, quando o clube começou à despencar de divisões.

Fui criado aprendendo a gostar do clube, lembro-me das histórias deliciosas de meu avô, que passava suas tardes em Ulrico Mursa, me contava as peripécias de Berestein, o lendário ponteiro argentino, que batia escanteios e penalidades de chaleira. Lembro-me também da emoção que era entrar em Ulrico Mursa, ainda garoto, e assistir aos jogos atrás dos gols.

Anos mais tarde tive o prazer de vestir a camisa rubro-verde, primeiro, dos 12 anos até quase completar 16, depois, como  profissional. Éramos uma família no departamento amador, jogávamos e depois assistíamos aos jogos do time de cima, torcendo para Jovenil, Otávio, Tonhão, João Carlos, Roberto Cabeleira e Tuíco em início de carreira, dar cada gota de suor pela vitória.

Naquela época a Briosa formava jogadores, Balu, Fernando Matos, o goleiro Marquinhos e o endiabrado Totonho, foram alguns exemplos de atletas revelados no clube, e que posteriormente prestaram serviços à equipe profissional.

Sei que o futebol mudou bastante, se tornou impraticável sem uma  parceria, mas sinto, que a Portuguesa da metade da década para cá, perdeu sua identidade com a cidade, foi cada vez mais se tornando um  time de aluguel, se distanciando aos poucos, dos torcedores e de seus simpatizantes.

Essas terceirizações desesperadas com empresas que tem carta branca para fazer o que bem entendem, trazendo jogadores à esmo, sem responsabilidade com as consequências, aliados a falta de diálogo entre os departamentos profissional e amador, foram alguns dos motivos que levaram a Briosa ao lugar que ela se encontra hoje.

Talvez um bom departamento de marketing - o grande filão encontrado pelos clubes - evitasse essa prática de ingerência, trazendo o futebol profissional novamente para as mãos do clube, e com os recursos captados pela nova forma de parceria, pudesse ao menos armar uma boa equipe. Mesclando jogadores experientes em divisões de acesso, com atletas emprestados gratuitamente pelo Santos, além de outros formados na própria base.

Claro que não é uma tarefa fácil, mas a Portuguesa se bem trabalhada, possui um considerável apelo comercial, por se tratar de uma agremiação simpática e, acima de tudo tradicional no Estado.

Vamos torcer para que a diretoria lusa tenha acertado na escolha do caminho traçado para esta temporada, e consiga subir consecutivamente na mesma velocidade que desceu do topo da elite paulista, fazendo em breve contra o Santos, o verdadeiro "Clássico das Praias" (veja abaixo).

Neste clássico realizado na Vila Belmiro, válido pelo Campeonato Paulista de 1960, a Portuguesa atuou com a seguinte formação: Hélio; Alan, Adelson e Henrique; Jorge e Clóvis; Renatinho, Castelo, Pacoti, Lorico e Norberto (Sérgio). 

[OPINIÃO] RETORNO INDIGESTO

Os coxa-branca não tomaram conhecimento do Verdão.

Pensei em não comentar sobre o vexame palmeirense de ontem, mas não me contive.

Quando soube do resultado elástico do jogo, corri para ver os melhores momentos, a fim de tentar entender o que havia ocorrido.

Percebi, que Felipão foi surpreendido por um time que não está acostumado a ver, parecia saber alguma coisa através de vídeo, mas menosprezou, não imaginava que o sucesso regional do Coritiba pudesse lhe trazer tantos problemas, tanto que aproveitou para anunciar o retorno do goleiro Marcos.

Na hora do almoço, escutando alguns programas de esportes, me peguei pensando se era a hora de escalar o goleiro Marcos, depois de um longo período de inatividade, numa partida decisiva, fora de casa e contra um adversário que acumulava 23 vitórias consecutivas.

Ao mesmo tempo tentava justificar, com o fato do Palmeiras ter um sistema defensivo seguro, e duvidar da força do Coritiba, que só havia jogado contra adversários medianos.

Escutei também, alguns comentaristas falando que o goleiro Deola havia falhado na semifinal, realmente falhou, e alguns mais eufóricos, dizendo que se estivesse no gol na hora dos pênaltis, pelo menos dois ele pegaria, como se o futebol fosse uma simples matemática.

Sem dúvida, Marcos foi e ainda pode ser um grande goleiro, apesar de ouvi-lo nos últimos anos dizer que sente dores em todas as partes do corpo e, que não pode fazer determinados movimentos. A verdade é que hoje ele, por culpa de pessoas que comandam o futebol do Palmeiras, o tratam como uma lenda viva, acima do bem e do mal.


Marcos não foi o culpado direto pela enxurrada de gols, talvez no primeiro e nos dois últimos tenha tido uma parcela de culpa, mas não precisa ser vidente para perceber que é no mínimo arriscado colocá-lo numa partida tão complicada como esta.

Ele parece ser uma pessoa realista e um ótimo caráter, sabe das suas limitações, só que é muito difícil para um atleta decidir a hora de largar o osso, ainda mais quando todos dão tapinhas no seu ombro, dizendo: - Você é o melhor!

[FICÇÃO] FLU ALISA E SAMUDIO NÃO PERDOA

O Flu foi derrotado pelo Lbertad, por 3 a 0.

Ontem o Fluminense, ao lado de outros três brasileiros, deram adeus à cobiçada Taça Libertadores.

A noite foi trágica para o futebol brasileiro, os jornais e os principais sites esportivos brasileiros, fazem referência em suas manchetes, ao Dia das Bruxas, ao dia em que a terra parou, e outras citações do gênero.

Na eliminação do time carioca, teve até gol de Samudio!

Se fosse contra o Flamengo, diriam que foi assombração ou vingança.

[OPINIÃO] QUARTA-FEIRA NEGRA PARA O FUTEBOL BRASILEIRO

O Inter de Falcão, foi o primeiro time brasileiro a dar adeus na rodada de ontem.

Parece mentira!

Todos os clubes brasileiros em ação na noite de ontem, Internacional, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro, foram eliminados da Taça Libertadores da América.

Com estes resultados totalmente inesperados, só acabou sobrando o Santos na competição.

Até o tão badalado Cruzeiro de Cuca, conseguiu ser derrotado em Sete Lagoas pelo Once Caldas, mantendo a escrita de que, equipes que fazem a melhor campanha na primeira fase não chegam ao título.

O Fluminense, que tinha uma vantagem até certo ponto confortável sobre o Libertad, abdicou de jogar futebol e foi castigado na segunda etapa, sofrendo três gols, por sinal, os dois últimos muito bonitos.

A crise deflagrada pelas declarações do atacante Emerson - Sheik - durante a semana, devem ganhar força nas Laranjeiras, e ter desdobramentos catastróficos.

Já, Inter e Grêmio que projetavam um Gre-Nal histórico pelas quartas-de-final, vão ter que se contentar com os jogos finais do campeonato regional.

[OPINIÃO] CLASSIFICADO, DESGASTADO E AGORA DESFALCADO

O goleiro santista foi o nome do jogo.

Numa partida típica de Libertadores, onde prevaleceram a garra e a disposição acima da técnica, o Santos avançou de fase no torneio sul-americano, com um empate sem gols contra o América do México.

O jogo foi muito fraco no aspecto técnico, coube ao Santos suportar a pressão desordenada dos mexicanos, que levavam perigo apenas com bolas alçadas na área, ou através de chutes de longa distância do perigoso Reyna, por sorte dos brasileiros, só foi utilizado na segunda etapa, em ambos os jogos.

O goleiro Rafael (foto) praticou grandes defesas, ajudando a segurar o resultado que classificou os alvinegros.

O lado negativo, está sendo a maratona desumana que o Santos está praticando, os jogos decisivos sem tempo hábil para recuperação e viagens longas, começam a trazer prejuízos ao time.

Se, os objetivos alcançados dentro de campo são fatos, os efeitos do desgaste também são. O primeiro a sentir foi Elano no sábado passado, peça importante do esquema de Muricy, que por sinal, teve ausência bastante sentida no México.

Ontem foi a vez de Arouca, responsável direto pela evolução da equipe nas últimas jornadas, sentir uma lesão muscular.

Para terminar o semestre com chave de ouro, o Santos ainda tem pela frente uma caminhada complicada: dois jogos contra o rival Corinthians, valendo o título paulista, e, ao que tudo indica, a próxima parada na Libertadores terá como destino Sete Lagoas.

[OPINIÃO] DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Todos devem se lembrar da expulsão de Neymar frente ao Colo Colo do Chile, quando após fazer um gol de placa, o craque cobriu o rosto com uma máscara (dele próprio) recebendo o segundo cartão amarelo, conseqüentemente o vermelho.

O que era uma recomendação da FIFA, se tornou lei em 2007, passando à punir com cartão, todo atleta que cobrir o rosto com a camisa ou com uma máscara.

Neste último sábado no Morumbi, depois de mais um passe magistral de Ganso, Neymar invadiu a área são-paulina com sua velocidade e classe habitual, ficando frente-a-frente com Rogério Ceni, mas, por uma imperfeição do gramado, o jovem craque se atrapalhou jogando a bola por cima da meta tricolor.

Inconformado, Neymar sem "máscara", cobriu o rosto com a camisa santista por um bom tempo, o árbitro da partida, o senhor Raphael Klaus, não advertiu o garoto "mal-educado" (veja):

Será, que a regra formulada pelos "intelectuais" da FIFA, só prevê punição se a bola entrar?

Em caso positivo, estará tudo explicado: marcar um gol importante, levar os torcedores ao delírio e esconder o rosto, numa clara brincadeira inocente, é caso de punição por desrespeito.

Caso a bola não entre, não há necessidade de punir o atleta, pois aí, não se caracterizou nenhum desacato - ao adversário talvez?

Quem sabe, num futuro próximo, a FIFA determine que se anule o gol!!!

Dá pra entender?

[INFO] ARBITRAGEM POLÊMICA NO GRE-NAL DECISIVO

Não foi só no dérbi paulista que houve polêmica em relação à arbitragem. No Sul, o alvo das críticas foi Márcio Chagas da Silva, que apitou o Gre-Nal, valendo o título da Taça Farroupilha, referente ao returno do Gauchão.

O jogo terminou empatado em 1 a 1, a decisão foi para os pênaltis, e foi vencida pela equipe colorada, que assegurou o título do segundo turno, forçando uma nova decisão com o Grêmio - campeão do turno - agora em dois jogos.

A verdade, é que Chagas não conseguiu agradar nenhuma das equipes, apesar de validar o gol discutível do Inter, foi bastante criticado pelo vice-presidente de futebol colorado Roberto Siegmann, tanto pela expulsão de Giñazu, como pela escolha do lado das cobranças das penalidades, próxima da torcida gremista.

- Ele foi criado dentro do Grêmio. Quando escolheu o lado, escolheu o lado que palpitava o coração - disse Siegmann.

O dirigente ainda teve tempo de ofender a mãe do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, e brigar com Renato, técnico do Grêmio, os dois chegaram a ser apartados.

O lance que originou o gol do Internacional no tempo regulamentar, marcado por Leandro Damião, provocou revolta dos jogadores do Grêmio. Confira o lance abaixo, e tire suas conclusões:

[OPINIÃO] FOI SOFRIDO, MAS CORINTHIANS É O SEGUNDO FINALISTA

Reflexo da semana conturbada que antecedeu esta semifinal, com polêmicas sobre o local do jogo e a escolha da arbitragem, Palmeiras e Corinthians, entraram em campo com o lado emocional perturbado. O que se viu, principalmente na primeira etapa, foi um festival de entradas violentas, onde sobraram mãos no rosto, provocações, reclamações e expulsões.

O Palmeiras começou melhor no jogo, comandado por Valdivia que já havia levado perigo ao gol de Julio César por duas vezes. Aos 21, surge o lance que mudaria o panorama da partida, Danilo acerta um carrinho desleal em Liédson, que por sua vez entra por cima, confusão geral, e o árbitro Paulo César de Oliveira expulsa apenas o zagueiro palmeirense.

Em seguida, o Palmeiras perde Valdivia lesionado, e Felipão, expulso acertadamente por gestos inapropriados. Quem pensava que o Corinthians tiraria proveito da situação se enganou, com um homem a menos o Verdão soube ocupar bem os espaços, mantendo o primeiro tempo equilibrado até o final.

Isso só foi possível porque, quando o Palmeiras estava sem a bola, o atacante Luan recuava, empurrando o lateral Rivaldo para funcionar com um terceiro zagueiro, deixando o time bem compactado.

O Palmeiras reclamou muito durante o dérbi.

Tanto, que chegou a abrir o placar logo aos 7 minutos da etapa final, através do zagueiro Leandro Amaro, que havia entrado na vaga de Valdivia, desviando de cabeça mais um escanteio venenoso de Marcos Assunção.

Inflamado com a vantagem, o Palmeiras seguiu jogando como se tivesse com 11 jogadores, não dando espaços para o Corinthians. Então Tite resolveu agir, tirou Alessandro e, em seguida Dentinho, que estava apagado, colocou o peruano Ramirez e o atacante Willian, responsável pelo gol que deu a classificação frente ao Oeste.

O empate veio numa falha de Deola, depois de uma cobrança de escanteio, o goleiro ameaçou de sair, ficou no meio do caminho, a bola sobrou para Willian, esperto cabecear para o gol.

Mesmo assim o Palmeiras não se abateu, seguiu jogando de igual para igual, levando muito perigo nas cobranças de falta com Marcos Assunção, e com Luan, mais uma vez finalizando com defeito.

Num campeonato em que são necessários 1.710 minutos para se classificar e somente 180 para definir um finalista, é compreensível que a decisão vá logo para as penalidades.

Foram dez cobranças perfeitas na primeira série, até o chute displicente do palmeirense João Vitor, defendido por Julio César. Coube à Ramirez acertar sua cobrança, levando o Corinthians à grande final frente ao Santos.

Serão dois jogos, com a equipe santista, tendo o direito do mando de jogo no segundo e decisivo confronto.