sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

[CAUSO] O BATISMO DE OSNY

Em 1982, a equipe do Santos se concentrava na mística Chácara Nicolau Moran, situada no km 34 da rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo.

A chácara fica no meio do mato, onde é comum encontrar sapos, rãs, cobras, pássaros e principalmente mosquitos.

Como o local oferecia pouca diversão, os jogadores mais experientes aproveitavam para assustar os atletas recém chegados das equipes de base.

Certa noite, o atacante Osny que tinha sido relacionado pela primeira vez entre os profissionais, pegou no sono sentado numa das poltronas da sala.

Rapidamente os outros jogadores pegaram uma cobra cascavel empalhada, que era sempre usada nessas ocasiões, e enrolaram cuidadosamente no pescoço do craque dorminhoco, deixando-a em posição de bote.

Em seguida fingiam jogar baralho numa mesa ao lado, ansiosos para ver o atacante acordar.

Logo ouviram um chamado bem baixinho:

- Psiuuuu, psiuuu...

Era o craque paralizado, tentando conseguir ajuda sem chamar a atenção do réptil, que lhe olhava fixamente.

Incontinente, o ponta João Paulo, como se estivesse desesperado, pediu para que todos ficassem quietos, e na ponta dos pés, foi em direção de uma garrucha velha e empoeirada que ficava pendurada na parede da sala.

- Não se mexe!

Disse, com a arma apontada para a cobra e o craque.

Com os olhos arregalados, Osny, conseguia apenas fazer sinal com a ponta de um dos pés, para "pelo amor de Deus" não atirar.

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