domingo, 22 de agosto de 2010

[CAUSO] SAI MERICA!

Acabei de ler uma manchete no Garamblog, através do site globoesporte.com, que cita a morte de Merica.

Para quem não conheceu, Merica foi um volante que atuou no Flamengo, América do Rio, Bahia, Sport, entre outros, me lembro muito bem dele.

Merica era folclórico, bom marcador, voluntarioso e me chamava atenção, pois além do nome ser diferente, por sempre vê-lo com a camisa 10, eu achava estranho.

Bom, mas quem morreu não foi este Merica, fiquei sabendo pelo texto do Garambone, que se tratava de um homônimo do ex-jogador, este estava há mais de vinte anos no Fluminense, lavava e cuidava dos carros dos jogadores, devia ser uma figura muito querida nas Laranjeiras.

Então, me lembrei de uma estória contada por um amigo meu, que jogou com o Merica original no Sport Recife.

Merica é o último em pé (da esquerda p/ direita)

Sport e Santa Cruz faziam um clássico com casa cheia no Arrudão, Merica era o craque do time, camisa 10, Filpo Nuñes o treinador do rubro-negro pernambucano.

No segundo tempo, o Santa exercia uma forte pressão em busca do primeiro gol, tanto que Filpo há mais de meia hora assistia o jogo virado para sua própria defesa, tamanho era o massacre.

O meu amigo, que vou chamar apenas de Toninho, estava no banco de reservas louco para entrar, aproveitou que Filpo estava sentado de lado no banco, saiu deu a volta no campo, sem que ninguém percebesse, indo até o mesário.

"Sai o dez!", disse Toninho.

"Tem certeza", respondeu o mesário, com a voz trêmula, pois se tratava do craque do time.

"Sim, sai Merica", prosseguiu Toninho.

A placa é levantada com o número 10, o estádio fica em silêncio, todos perplexos com a substituição.

Final de jogo, o Santa vence por 1 a 0, falha de Toninho.

Filpo vai para o vestiário soltando fumaça pelas orelhas, enquanto isso, Toninho já havia tomado banho e saído á francesa.

Em poucos minutos, os repórteres encurralavam Filpo num canto do vestiário, em busca de uma justificativa.

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