Para quem não conheceu, Merica foi um volante que atuou no Flamengo, América do Rio, Bahia, Sport, entre outros, me lembro muito bem dele.
Merica era folclórico, bom marcador, voluntarioso e me chamava atenção, pois além do nome ser diferente, por sempre vê-lo com a camisa 10, eu achava estranho.
Bom, mas quem morreu não foi este Merica, fiquei sabendo pelo texto do Garambone, que se tratava de um homônimo do ex-jogador, este estava há mais de vinte anos no Fluminense, lavava e cuidava dos carros dos jogadores, devia ser uma figura muito querida nas Laranjeiras.
Então, me lembrei de uma estória contada por um amigo meu, que jogou com o Merica original no Sport Recife.
Merica é o último em pé (da esquerda p/ direita)
Sport e Santa Cruz faziam um clássico com casa cheia no Arrudão, Merica era o craque do time, camisa 10, Filpo Nuñes o treinador do rubro-negro pernambucano.
No segundo tempo, o Santa exercia uma forte pressão em busca do primeiro gol, tanto que Filpo há mais de meia hora assistia o jogo virado para sua própria defesa, tamanho era o massacre.
O meu amigo, que vou chamar apenas de Toninho, estava no banco de reservas louco para entrar, aproveitou que Filpo estava sentado de lado no banco, saiu deu a volta no campo, sem que ninguém percebesse, indo até o mesário.
"Sai o dez!", disse Toninho.
"Tem certeza", respondeu o mesário, com a voz trêmula, pois se tratava do craque do time.
"Sim, sai Merica", prosseguiu Toninho.
A placa é levantada com o número 10, o estádio fica em silêncio, todos perplexos com a substituição.
Final de jogo, o Santa vence por 1 a 0, falha de Toninho.
Filpo vai para o vestiário soltando fumaça pelas orelhas, enquanto isso, Toninho já havia tomado banho e saído á francesa.
Em poucos minutos, os repórteres encurralavam Filpo num canto do vestiário, em busca de uma justificativa.
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