Na obra eles narram a trajetória do Flamengo iniciada em 1975, que culminou com o título mundial de clubes seis anos depois na cidade de Tóquio, frente ao Liverpool. Segundo a dupla a história não termina aí, ela segue até o último título brasileiro em 2009.
Aproveitando o gancho, eu gostaria de relembrar alguns detalhes deste, que foi o maior time que vi jogar em meus 44 anos de idade. Aliás, um pouco abaixo deste Flamengo, coloco o Internacional de 75, o São Paulo de Telê e o Palmeiras da Era Parmalat, como os que mais chegaram perto dos rubro-negros.
Outros que também guardo ótimas lembranças, são: as três gerações de Meninos da Vila, o Vasco de 2000, o São Paulo dos Menudos, aquele Grêmio encardido de Felipão, e o São Caetano arrumadinho que quase beliscou uma Libertadores.
Mas, voltando ao grande Flamengo campeão estadual, brasileiro, sul-americano e mundial, o que impressionava era a posse de bola, eles tocavam de uma lado pro outro com uma precisão incrível, semelhante a este Barcelona atual. Tanto Zico como Messi, apareciam de trás para finalizar.
Agora, uma coisa única deste Flamengo, que talvez nenhum outro grande esquadrão foi capaz de conseguir - nem o grande Santos de Pelé - foi ter o número tão expressivo de jogadores formados nas suas divisões de base, vejamos: Leandro, Figueiredo, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Zico e Tita.
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Em pé: Toninho, Marinho, Raul, Manguito, Carpegiani e Júnior. Agachados: Tita, Andrade, Nunes, Zico e Júlio César. |
Da escalação clássica que conquistou o mundial: Raul; Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico, ao time que iniciou a arrancada quatro anos antes, não foi notada mudanças drásticas.
A princípio, Canterelli era o goleiro, Toninho Baiano, Rondinelli (Deus da Raça) e Manguito, às vezes Nélson, depois Marinho, formavam a defesa ao lado de Júnior. O meio de campo praticamente era o mesmo, de diferente, somente a presença de Paulo César Carpegiani, que por sinal foi o técnico campeão em Tóquio. No ataque Nunes e Lico, substituíram os craques Claudio Adão e Júlio César, o Uri Geller.
O comandante e idealizador deste esquadrão era Cláudio Coutinho.
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