Em 1986, os juníores do Santos enfrentavam o Guarani na Vila Belmiro, em partida válida pelo Campeonato Paulista da categoria.
O jovem zagueiro Tomé vindo do Rio de Janeiro fazia sua estréia, filho do homônimo ex-jogador botafoguense da década de 60, estava ancioso para ver a bola rolando.
Na época era de praxe aqui em São Paulo, o trio de arbitragem se reunir no centro do campo antes do início da partida, lá, eles chamavam pelo número da camisa os atletas de cada time.
O jogador requisitado falava seu nome completo, depois mostrava suas chuteiras, afim de ser averiguado se havia alguma forma ponteaguda que pudesse ferir o adversário.
O procedimento seguia normalmente, até chegar a vez do zagueirão.
- Número seis?
Ninguém aparece.
O árbitro chama novamente e nada, Tomé estava longe mantendo o aquecimento, correndo em várias direções.
Depois de alguns minutos chega ele se desculpando e ainda ofegante.
Número seis?
- Tomé. (disse só o apelido)
- Chuteira?
- Adidas Milano número 43 de rosca.
... e saiu num longo pique, para não perder o aquecimento.
2 comentários:
figuraça o tomé...ficava horas e horas lavando o rosto com sabonete pra evitar as expinaxxs...rs
São essas histórias e esse ambiente q mais sinto falta no futebol, a famosa resenha, vlw Sérgio, manda mais!!!!!!!!!!!!!
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